Novidades #66: Giro Literário


As novidades trazidas pelas editoras nestas últimas semanas foram muitas, e tem lançamentos para todos os gostos. Para quem não consegue acompanhar todas as novidades, assim como eu, nada melhor do que dar uma espiadinha nos blogs, não é?

A Editora Leya e seus selos estão com capas incríveis! Fiquei super curiosa por vários desses lançamentos (clique na capa para saber mais informações):

http://www.casadapalavra.com.br/livros/533/As+mulheres+de+TERCA_FEIRAhttp://geral.leya.com.br/pt/literatura-fantastica/o-assassino-do-rei-vol-2-a-saga-do-assassino/http://geral.leya.com.br/pt/romance/as-lembrancas-de-alice/http://geral.leya.com.br/pt/biografias-memorias/meus-desacontecimentos/
http://geral.leya.com.br/pt/literatura-fantastica/mistico-vol-3-the-soul-seekers/http://geral.leya.com.br/pt/romance/enfeiticados-pelo-desejo/http://www.casadapalavra.com.br/livros/573

A Galera Record também trouxe várias novidades, e este mês algumas continuações de séries bastante esperadas:

http://galerarecord.com.br/galera_livro.php?id=695http://www.galerarecord.com.br/galera_livro.php?id=637http://galerarecord.com.br/galerajunior_livro.php?id=689
 http://www.galerarecord.com.br/galera_livro.php?id=688http://galerarecord.com.br/galera_livro.php?id=686

A Editora também disponibilizou vários marcadores no site para impressão. São lindos! Quem quiser conferir, clique aqui.

Quais as novidades que mais agradaram vocês? E quanto às outras editoras, algum livro em vista?





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Fênix: A Ilha - John Dixon

Sinopse: Sem telefone. Sem sms. Sem e-mail. Sem TV. Sem internet. Sem saída. Bem-vindo a Fênix: A Ilha. Na teoria, ela é um campo de treinamento para adolescentes problemáticos. Porém, os segredos da ilha e sua floresta são tão vastos quanto mortais. Carl Freeman sempre defendeu os excluídos e sempre enfrentou, com boa vontade, os valentões. Mas o que acontece quando você é o excluído e o poder está com aqueles que são perversos? (Skoob)
DIXON, John. Fenix: A Ilha. #1 Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2014.


Carl Freeman era um adolescente que perdera seus pais e vivia de lar em lar, por não conseguir ficar longe de encrenca. Depois de várias passagens pela polícia por agressão – todas para defender vítimas de bullying -, Carl teria sua última chance: participar de um treinamento militar na Ilha Fênix, até completar seus 18 anos e limpar todas as suas dívidas junto às autoridades.

Sem celular, Internet ou qualquer tipo de comunicação com o mundo exterior, os adolescentes enviados à Ilha logo perceberam a intensidade daquele treinamento. Contudo, não se imaginava a real gravidade da situação até Carl encontrar um diário escrito por um antigo morador: havia algo muito, muito errado naquele lugar.


“- Não há liberdade condicional na Ilha Fênix. É uma instituição terminal, o que significa que você permanecerá lá até se tornar adulto. Falhe em aprender com esta oportunidade e lhe antecipo que passará o resto da vida entrando e saindo da prisão. Se, contudo, aproveitar ao máximo a situação e aprender a dar aos outros uma segunda chance, da mesma forma que eu estou lhe dando hoje, pode levar uma boa vida como membro produtivo da sociedade. Se adquirir controle sobre esse seu temperamento explosivo, acho que se tornará um baita policial. 
- Obrigado, senhor. 
O juiz olhou Carl bem nos olhos. 
- Chegará o dia, filho, em que você terá que decidir exatamente quem é e o que pretende ser.” (p. 16)


Iniciei a leitura de Fênix – A Ilha, de John Dixon, sem saber muito o que esperar. Por algum motivo inconsciente tenho evitado ler sinopses, e mergulhar em uma leitura como essa sem nenhum conhecimento pode ser realmente surpreendente – e assustador.

Narrado em terceira pessoa, o livro intercala o ponto de vista de Carl, protagonista da história, que tem o maior espaço, e o de Octavia, outra órfã de quem Carl se aproximou durante o treinamento. O clima de mistério já pode ser percebido nos primeiros capítulos, e a leitura se torna tão envolvente que é quase uma necessidade. Porém, se engana quem acha que as coisas vão se resolvendo; os problemas parecem ter apenas começado.

Desde a leitura de Noturno, não encontrei qualquer outro livro que me causasse tanta aflição ou que me fizesse revirar o estômago como Fênix – A Ilha fez. Acredito não ser o tipo de livro que alguém considerará absolutamente fantástico, tampouco algo com o que não se possa lidar, mesmo para os mais medrosos, mas não deixa de ser aterrorizante, por tratar da pior face do ser humano trazida à tona por métodos conscientes.

De maneira bem clara, verifica-se que este livro é um volume introdutório, e o suspense sobre o que realmente acontece na Ilha é mantido até quase o final. Não por isso, o autor economiza os sentimentos aos leitores, pelo contrário. A todo o momento há algum elemento para manter a atenção, para despertar os instintos, para nos levar ao final da leitura com os nervos em frangalhos.

É um livro que mexe com a razão, com a estrutura social que conhecemos, que nos faz questionar conceitos e até a própria humanidade. Apesar de ter personagens adolescentes como principais elementos da narrativa, engana-se quem pensa ser superficial, porque a verdadeira história está além daquilo que está escrito.

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Resultado: Promoção Olho por Olho


Depois de várias semanas de inscrições, hora de saber quem terá a oportunidade de ler o livro Olho por Olho, que eu achei ótimo.

Sem enrolações desta vez, quem ganhou foi:

a Rafflecopter giveaway


Parabéns Mara!

A sortuda cumpriu todas as regras obrigatórias e vai receber em casa um exemplar. Enviarei um e-mail solicitando os dados, que deve ser respondido em 48 horas.

Mais uma vez obrigada a todos que participaram e divulgaram. Fiquem ligados que nos próximos dias outras promoções vão ao ar!

Beijos




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Prazeres Proibidos - Laura Lee Guhrke

Sinopse: “O que havia com essa mulher que ele não conseguia tirá-la do pensamento? Havia um tempo em que ele mal a percebia. Um tempo em que ele nem mesmo pensava nela a menos que ela estivesse na sua frente, gaguejando explicações sobre traduções de Latim que ele houvesse questionado ou descrevendo os significados dos detalhes de algum mosaico em particular. Ela havia obedecido toda ordem que ele dera, sem uma palavra de protesto. Não importava quanto isso demandasse ou quanto as expectativas dele eram irracionais, ela sempre as havia superado. [...] Em algum momento, depois de cinco meses em sua casa, ela havia se transformado em algo que ele nunca tinha encontrado antes, alguém que fazia pouco caso de sua posição, de seu título, e dele mesmo, alguém que sempre estivera lá, ele imaginou, escondida atrás de uma máscara impessoal, eficiente, por causa do seu salário.” (p. 245-246 - tradução livre) 
GUHRKE, Laura Lee. Guilty Pleasures. New York: Avon Books, 2004.


Depois da morte de seu pai, Daphne Wade ficou sozinha no mundo. Sua mãe havia morrido quando ela ainda era uma criança, e seu avô materno não queria reconhecê-la. Depois de viajar boa parte do mundo acompanhando seu pai no trabalho de restaurar peças antigas, a única esperança de Daphne era um convite do Duque de Tremore, que pretendia abrir um museu com objetos de uma vila romana que descobrira soterrada em suas terras, e que havia mandado passagens para que o ilustre restaurador trabalhasse com ele na Inglaterra. Ela não esperava, porém, que, à primeira vista, se apaixonaria por seu patrão. 

Anthony Tremore pensava em encontrar uma mulher para se tornar sua duquesa, mas o amor não era uma opção. Depois de ver tanta tragédia por causa deste sentimento, ele pensava pedir a mão de uma mulher que queria apenas o título e que pudesse cumprir bem o papel de esposa. Mesmo com essas idéias em vista, sua principal preocupação no momento era terminar o trabalho de restauração das peças para poder abrir o museu no prazo combinado. Só que o pedido de demissão de Miss Wade poria tudo a perder, e ele precisava garantir a permanência daquela mulher tão eficiente para que o trabalho pudesse ser concluído. 

Prazeres Proibidos, de Laura Lee Guhrke, já foi lançado há bastante tempo, mas ainda não publicado no Brasil. A capa em português é a versão portuguesa, e por aqui apenas um livro da mesma série foi publicado, fora da ordem: Muito mais que uma princesa. Minha curiosidade para ler esta obra se deu por dois motivos: li comentários muito positivos sobre a escrita da autora em outros blogs e, na minha tentativa de inserir mais livros em inglês entre minhas leituras, este específico estava em promoção. Depois de um bom tempo com ele em casa, já havia passado da hora de ler o livro, e a experiência foi ótima. 

“Better than chocolate”. Uma frase na capa, escrita por Julia Quinn, logo me fez comparar as autoras, mesmo ainda sem conhecer a obra desta última. Em resenhas que li, os romances históricos da minha xará, publicados no Brasil pela Editora Arqueiro, são repletos de romance, leveza e um humor delicioso. E, sem dúvida alguma, estes são os ingredientes principais também desta história. 

O desenvolvimento do enredo se dá no ritmo perfeito. O romance não acontece de uma hora para outra, o leitor acompanha o envolvimento de Anthony e Daphne, que é bem lento, e mesmo que pareça ser um contexto totalmente clichê, algumas surpresas estão presentes no livro.

O casal se envolve em um jogo de conquista e, quando se acha que as coisas vão por um caminho, tudo muda novamente. Obviamente, não é nada muito surpreendente, mas tem o toque certo para manter a leitura interessante. O enredo é cheio de momentos bonitinhos e a história, o tempo todo, nos enche de suspiros. A inocência e o orgulho de Daphne às vezes incomodam, porque parecem emperrar o andamento das coisas, mas sua inteligência e sua birra me divertiram também.

Demorei um pouco para concluir a leitura do livro porque ainda não tenho o mesmo ritmo para ler em inglês que tenho em português. Mas nada impediu de curtir o enredo e querer ler sempre um pouquinho a mais, pois a história é deliciosa de ler. Quero muito ler os demais livros da série, mas em inglês (mesmo porque ainda não foram traduzidos), e não sei quando poderei comprá-los. Quem tiver a oportunidade, é uma ótima pedida.

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Resultado: Promoção Folia de Livros



Passou da hora de saber quem foram os sorteados na Promoção Folia de Livros.

Como comentei nas regras, a promoção seria feita tanto no blog, por meio da ferramenta Rafflecopter, quanto pela fanpage do Conjunto da Obra no Facebook, e o sorteado pela fanpage teria preferência para escolher o livro.

Então, vamos lá:

1. Sorteio pelo Facebook:

A sorteada cumpriu todas as regras para este sorteio, compartilhou o link da promoção, já entrou em contato comigo e vai levar para casa o livro "Feita de Fumaça e Osso", que foi seu escolhido. (Link do sorteio)

2. Sorteio pelo blog:

Essa menina foi sortuda! rsrs Ela fez apenas a entrada obrigatória e acabou sendo sorteada para levar o segundo livro para casa.

a Rafflecopter giveaway

Parabéns Anna!

Logo mais entrarei em contato pedindo seus dados para envio do livro.

Agradeço novamente a todos que participaram da promoção e continuem participando, pois sempre haverá sorteios por aqui, mas eles só têm graça com vocês. E ainda dá tempo de participar da Promoção Olho por Olho:

http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2014/02/promocao-olho-por-olho.html



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Conjuntando #22: Aquele tal final feliz...


Outro dia, ao olhar o que diziam as pessoas sobre livros que li na adolescência, estalou em mim certa ideia que, até agora, martela em minha mente: as pessoas querem todas um final feliz.

Os ditos livros, escritos pelo autor Sidney Sheldon, estavam rodeados de comentários negativos, tantos que me senti desanimada. Porque, naquela época em que eu só tinha uma biblioteca e eles a explorar, deleitava-me com as reviravoltas dos personagens e com as consequências cruéis que o destino - ou as mãos do autor - trazia para eles. Foram obras que me acompanharam por tanto tempo que, para mim, o final nem sempre importava, e sim a maestria do enredo, que me fez criar um carinho enorme por cada um daqueles livros.

Espero que não pensem que, por gostar das obras e seus resultados muitas vezes caóticos, sou uma pessoa cruel. Não é isso. Porém, lembro daqueles personagens tão cheios de defeitos e de lutas - certas ou erradas, pouco importa -, e só consigo pensar que eles mesmos estavam traçando seus caminhos para um fim já esperado, mesmo quando infeliz.

Não faltam exemplos de livros contemporâneos em que, também, o final não é o mais importante da história, mas estes, da mesma forma, dividem opiniões e são soterrados por comentários desanimados sobre uma leitura frustrante. Não estou aqui para julgar se são bons ou ruins, mas isso me faz voltar ao ponto inicial deste texto: as pessoas querem um final feliz. Pelo que posso perceber, esse desejo se aplica também ao mundo real, à vida. Mas seria ele - o final feliz - possível?

Talvez sim. Só não consigo imaginar uma vida em que tudo se resolve e se vive "feliz para sempre". Porque, afinal, o que é a felicidade? Pode até significar não ter problemas na vida, mas isso mais me parece com monotonia e indiferença do que com o real sentimento de estar bem. A felicidade parece estar mais associada com enfrentar as dificuldades dia a dia, e vencê-las todas, sentindo o gostinho de fazer a coisa certa, mesmo que, antes de alcançado este fim, as tentativas tenham sido inúmeras. E se um final feliz for nada mais do que um dos muitos finais felizes de nossa vida, que marca o fim de um ciclo e o início de um outro, que virá com tantas dificuldades quanto o anterior?

É por isso que cabe a cada um de nós saber onde exatamente quer chegar e qual o melhor caminho a percorrer para alcançar o referido ponto. Porque, como diz o Gato que Ri, de Alice no País das Maravilhas, "para quem não sabe onde vai, qualquer caminho serve". Cabe também analisar quais os meios válidos para isso, e as consequências que virão de cada passo errado.

Depende de nós trabalhar e ir atrás do que sonhamos, pois, me desculpem, sorte não está no roteiro e esperar sentado só traz "a montanha" no ditado de Maomé. Se o universo é feito de causas e consequências, não podemos ser aqueles a acender as velas a iluminar nosso futuro? É bom pensarmos nisso, e tomarmos consciência de que tudo depende muito mais de nós mesmos, ainda que seja mais confortável depositar o fardo nas costas de outrem.

Acredito que um final feliz depende quase inteiramente do que fazemos e pelo que lutamos, mas me arrisco a dar um estímulo, usando das palavras de Fernando Sabino: "No fim, tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim".




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Estilhaça-me - Tahereh Mafi

Sinopse: Tenho uma maldição(Tenho um dom)
Sou um monstro(Sou sobre-humana)
Meu toque é letal(Meu toque é poder)
Sou a arma deles(Lutarei contra eles)
Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser uma guerreira. (Skoob)
MAFI, Tahereh. Estilhaça-me. Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2012.

“[...] O Restabelecimento nos prometeu esperança de um futuro melhor. Eles disseram que concertariam as coisas, eles disseram que nos ajudariam a voltar ao mundo que conhecíamos, o mundo com encontros no cinema e casamentos primaveris e banhos de bebê. Eles disseram que nos devolveriam nossa casa, nossa saúde, nosso futuro sustentável. 
Mas eles roubaram tudo. 
Eles tomaram tudo. Minha vida. Meu futuro. Minha lucidez. Minha liberdade. 
Eles encheram nosso mundo de armas apontadas para nossa testa e sorriram enquanto atiravam nos projetos de nosso futuro.” (p. 59)

Contar tornou-se a única forma de Juliette se manter sã. Sua pele, em contato com outras pessoas, roubava a energia vital e podia matar. Presa por meses, por causa de um acidente em que seu toque tirou a vida de uma pessoa, sem contato com ninguém, ela não sabia como estava a vida lá fora depois da tomada do poder pelo Restabelecimento. Manter-se vivo já era difícil antes de ela ser isolada, os animais e plantas estavam contaminados, e agora ela só sabia que as nuvens estavam da cor errada e as estações não eram corretas.

Inesperadamente, Juliette ganhou um companheiro de cela: Adam. Aquele Adam que ela parecia conhecer. Mas os dois ficam presos pouco tempo juntos: Juliette fazia parte de um plano maior por parte de Warner, que comandava o governo naquela região, e que queria utilizá-la como arma. Mais que isso: Warner tinha uma obsessão pelo que Juliette podia fazer, e queria tê-la ao seu lado para manter o poder.

“[...] – Você não entende que poder e domínio podem escorregar de nossas mãos a qualquer momento, mesmo quando você pensa estar mais preparado. Essas são duas coisas que não são fáceis de conseguir. E são ainda mais difíceis de manter.– Tento falar, mas ele me corta. – Você acha que não sei quantos de meus próprios soldados me odeiam? Você acha que eu não sei que eles gostariam  de me ver cair? Você acha que não existem outros que adorariam ter a posição que trabalho duro para ter...” (p. 85)

Quando Estilhaça-me, de Tahefi Mafi, foi lançado, as resenhas sobre o livro tiveram opiniões tão diferentes que acabei não criando nenhuma ansiedade para ler. O segundo volume veio quando a Editora Novo Conceito já era parceira do blog, e optei por solicitá-lo, mesmo sem ter o primeiro volume em mãos, afinal, tratava-se de uma distopia, estilo de leitura que tem me fascinado desde sempre. E eu esperava quase tudo deste livro, salvo me apaixonar pela história da maneira como aconteceu.

Li muitas críticas sobre a linguagem utilizada pela autora, seja pelas palavras tachadas, seja pela repetição de palavras. Porém, ao meu ver, a história não teria um terço do encanto se não fosse assim. Em primeira pessoa, há momentos em que Juliette pensa tudo de uma vez só, sem ponto nem vírgula, algumas coisas repetidas vezes, e nunca vi forma tão nítida de transmitir o modo como a personagem pensa. Acho que meu cérebro funciona da mesma forma, por isso fiquei completamente envolvida e fascinada pela escrita da autora. É um estilo novo, original e, para mim, perfeito.

“Na ausência de relacionamentos humanos, criei laços com as personagens de papel. Vivi amor e perda por meio das histórias enredadas na história; experimentei a adolescência por associação. Meu mundo é uma teia entrelaçada de palavras, amarrando membro a membro, osso a tendão, pensamentos e imagens todos juntos. [...]” (p. 67) 

A protagonista parece frágil e vulnerável à primeira vista, mas acho que se virmos além da superfície, dificilmente conheceremos alguém com tanta força. Quem se manteria são como ela, e ainda manteria a pureza e a bondade, passando por tudo que Juliette passou? E não me refiro apenas à prisão, mas a isso junto a toda a sua infância de rejeição. Percebi-a um pouco influenciável, mas, por enquanto, não posso fazer alguma crítica mais profunda quanto a isso.

Adam e Warner são apaixonantes. Por enquanto minha preferência é pelo primeiro, que além de me agradar mais na descrição física, tem toda uma história com Juliette, mesmo que em silêncio. Warner, por sua vez, parece ainda um enigma para mim, mas é isso que me agradou nele. Lerei Destrua-me para conhecê-lo melhor, mas só consigo pensar que ele tem algum tipo de amor platônico, coisa que não consegui compreender, por não saber a origem desse sentimento. Contudo, o personagem que mais me tocou foi James, que conseguiu mostrar tanto de si mesmo com tão pouco: sua esperança, seus medos, seus traumas. 

“A Lua é uma companheira correta. Ela nunca se vai. Está sempre lá, observando, constante, reconhecendo-nos em nossos momentos de luz e escuridão, em constante transformação,  assim como nós. Todos os dias uma versão diferente dela mesma. 
Às vezes fraca e lívida, noutras forte e cheia de luz.
A Lua compreende o significado de ser humano. 
Inconstante. Solitária. Esburacada de imperfeições.” (p. 28)

Como citei no início, sempre achei que iria gostar da trilogia, por ser de um enredo distópico, e gostei muito mais do que imaginava. Claro que o enredo ainda tem falhas, como a conveniência do toque de Adam e Warner, mas eu espero uma boa explicação para isso. Li comentários também sobre a semelhança da protagonista com a Vampira de X-man, e não nego que exista muita. Só que a autora conseguiu inserir as mesmas características em um contexto novo, o que impede maiores comparações.

O primeiro livro termina no ponto alto da história, e é só um motivo a mais para correr e ler o segundo volume.



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Novidades #65: Novo Conceito em Abril


Foram tantos os lançamentos anunciados pela Editora Novo Conceito para serem lançados no mês de abril que eu acho impossível que alguém não tenha pelo menos um desejado. Eu me interessei por vários, mas estou atrasada com minhas leituras, espero conseguir dar conta de tudo para lê-los.
 
Recém-casados, Holly e Tom se mudam para uma casa grande e confortável, onde ela espera esquecer de vez os fantasmas de sua infância problemática. O destino, contudo, lhe preparou uma surpresa, que se revela depois que Holly encontra um relógio lunar enterrado no jardim. O relógio oferece a imagem de um futuro que é ao mesmo tempo animador e preocupante: a visão de um lindo bebê nos braços de Tom... mas Holly, estranhamente, não aparece na visão. Em pânico diante da previsão, ela teme que um dia precise fazer uma escolha terrível: dar um filho ao marido, sacrificando sua própria vida... ou salvar-se e se esquecer para sempre da filha não nascida – a quem Holly já aprendeu a amar.



Se pudesse, Lucius aterrissaria em 1964 para ajudar Anabelle a realizar o grande sonho do seu falecido pai! De quebra, ajudaria a moça a enfrentar alguns problemas muito difíceis, entre eles resistir à violência do seu tio Lino. Claro que conhecer de perto os lindos olhos verdes que ele viu no retrato não seria nenhum sacrifício... Sem conseguir explicar o que está acontecendo, Lucius inicia uma intensa troca de correspondência com a antiga moradora da casa para onde se mudou. Uma relação que começa com desconfiança, passa pelo carinho e evolui para uma irresistível paixão – e para um pedido de socorro...





“Nós ganhamos segundas chances todos os dias, mas geralmente não as aproveitamos. E então eu conheci o Bob.” James Bowen é um músico sem-teto que se apresenta nas ruas de Londres para sobreviver. A partir do momento em que ele encontra um gato de rua machucado, com o pelo cor de laranja e grandes olhos verdes, sua vida começa a mudar. Juntos, James e Bob enfrentam o mundo – e vencem. Uma história verdadeira sobre amor e amizade que vai fazer você sorrir muito.






POPPY, ZACH E ALICE sempre foram amigos. E desde que se conhecem por gente eles brincam de faz de conta – uma fantasia que se passa num mundo onde existem piratas e ladrões, sereias e guerreiros. Reinando soberana sobre todos esses personagens malucos está a Grande Rainha, uma boneca chinesa feita de ossos que mora em uma cristaleira. Ela costuma jogar uma terrível maldição sobre as pessoas que a contrariam. Só que os três amigos já estão grandinhos, e agora o pai de Zach quer que ele largue o faz de conta e se interesse mais pelo basquete. Como o seu pai o deixa sem escolha, Zach abandona de vez a brincadeira, mas não conta o verdadeiro motivo para as meninas. Parece que a amizade deles acabou mesmo...



Resolvendo o crime. Uma expressão facial por vez. O ano letivo de Colin Fischer acabou de começar. Ele tem cartões de memorização com expressões faciais legendadas, um desconcertante conhecimento sobre genética e cinema clássico e um caderno surrado e cheio de orelhas, que usa para registrar suas experiências com a MUITO INTERESSANTE população local. Quando um revólver dispara na cantina, interrompendo a festinha de aniversário de uma das garotas, Colin é o único que pode investigar o caso. Está em suas mãos provar que não foi Wayne Connelly, justamente aquele que mais o atormenta, que trouxe a arma para a escola. Afinal de contas, a arma estava suja de glacê, e Wayne não estava com os dedos sujos de glacê…



Rachel acabou de romper um noivado e está decidindo o que vai fazer da vida. Quando ela se encontra casualmente com Ben, um amigo dos tempos da faculdade, seu coração balança. Na época não rolou, mas agora ele parece tão mais interessante... O problema é que Ben está casado, “fora do mercado”, como se costuma dizer. Ok, hora de partir para outra. Rachel não é nenhuma mocinha ingênua, dessas que se deixam levar pela emoção. O fato de Ben ser lindo, educado, engraçado, nobre e fiel não é suficiente para tirar Rachel do seu eixo. Claro que não. Na verdade, ele é O Companheiro Perfeito. Pena que seja tão fiel! Apaixonar-se pelo melhor amigo é o sentimento mais gostoso do mundo, mas também é assustador.




Um rapaz conhece uma menina e a menina se apaixona pelo rapaz – até aí, nenhuma novidade. Mas, com Sienna e Nick, as coisas não acontecem do jeito que costumam acontecer nas histórias de amor. Tudo bem que ela o achou superparecido com o Jake Gyllenhaal, seu ator preferido. E ele teve o maior frio na barriga quando viu aqueles lindos olhos azuis-escuros no metrô. Nada disso importa quando a gente está fechado para balanço. Ela é frágil... Tem tantos segredos. E ele não está a fim de nada sério. Engraçada e ao mesmo tempo triste, esta é a história de duas pessoas destinadas a não ficarem juntas... mesmo sendo a coisa que elas mais querem no mundo.




Todo mundo tem uma amiga que vive procurando defeito em todos os pretendentes. Um é alto demais, o outro é baixinho; um terceiro não é suficientemente bem-sucedido. E tem ainda aquele que é perfeito demais... A expectativa por uma boa companhia é tão grande que a cabeça da mulher se enche de dúvidas: “Ele é a pessoa certa para mim? Ele é O CARA!? Será que existe Príncipe Encantado? Pior ainda: será que fiquei esperando tanto que não reparei quando ele passou por mim?”. Talvez o homem que a sua amiga – ou você, mesmo que não admita – tanto espera não exista. E talvez você nunca tenha pensado nisso. Ninguém é perfeito. Todos têm defeitos — sim, inclusive as mulheres! Mas são justamente as pequenas diferenças que deixam tudo mais interessante.


Alyssa Gardner ouve os pensamentos das plantas e animais. Por enquanto ela consegue esconder as alucinações, mas já conhece o seu destino: terminará num sanatório como sua mãe. A insanidade faz parte da família desde que a sua tataravó, Alice Liddell, falava a Lewis Carroll sobre os seus estranhos sonhos, inspirando-o a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas. Mas talvez ela não seja louca. E talvez as histórias de Carroll não sejam tão fantasiosas quanto possam parecer. Para quebrar a maldição da loucura na família, Alyssa precisa entrar na toca do coelho e consertar alguns erros cometidos no País das Maravilhas, um lugar repleto de seres estranhos com intenções não reveladas. Alyssa leva consigo o seu amigo da vida real – o superprotetor Jeb –, mas, assim que a jornada começa, ela se vê dividida entre a sensatez deste e a magia perigosa e encantadora de Morfeu, o seu guia no País das Maravilhas. Ninguém é o que parece no País das Maravilhas. Nem mesmo Alyssa...



Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso. Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas.


Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que vocêaprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá). As pessoas não querem saber que você jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem.




E então, curiosos por algum?


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Jogos Vorazes + Em Chamas - Susanne Collins

“– Tínhamos que salvá-la porque você é o tordo, Katniss – disse Haymitch. – Enquanto você viver, a revolução vive.
O pássaro, o broche, a canção, as amoras, o relógio, o biscoito, o vestido em chamas. Eu sou o tordo. O que sobreviveu apesar dos planos da Capital. O símbolo da rebelião.” (p. 408)

COLLINS, Suzane. Jogos Vorazes. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2011. (Jogos Vorazes, v. I)
COLLINS, Suzane. Em chamas. Rio de Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 2011. (Jogos Vorazes, v. II)


No mês de março de 2012, em uma varanda próxima do mar, eu concluía a leitura de Jogos Vorazes. Lembro-me de como fiquei, ao fim da leitura, por vários minutos com aquele livro no meu colo, olhando para a capa, tentando entender o que tinha sido tudo aquilo. Tudo aquilo que eu nunca soube expressar, tanto que a resenha do livro nunca foi ao ar neste blog.

Claro que vocês não estão interessados em saber nada disso, mas a coincidência é que, agora, quase dois anos depois de ter lido o primeiro livro, Em Chamas finalmente me chegou às mãos. E não pude deixar de observar que na cena do desfecho do livro, para mim, ocorreu exatamente da mesma forma, no mesmo lugar, em uma tarde muito semelhante àquela de 2012. E, do mesmo modo como se deu da primeira vez, precisei de bastante tempo para digerir a conclusão da obra.

Como não quero citar nenhum spoiler sobre qualquer dos dois livros, não vou fazer uma resenha estruturada como todas as outras; vou apenas citar, brevemente, minha opinião sobre a série, até agora.

Susane Collins conseguiu construir um mundo distópico completamente horrível, sangrento, mas não impossível, como todas as séries desse estilo literário. O principal: ela conseguiu criar personagens complexos e transmitir todas as emoções por meio das palavras, toda a raiva, a tristeza, o amor... Toda essa mistura de sentimentos acaba por refletir nos leitores que, invariavelmente, sentirão-se imersos naquele mundo distorcido e nos sofrimentos de Katniss.

Depois da presença de Katniss nos Jogos Vorazes, algo se acendeu nos corações dos habitantes de Panem, e vem mudança por aí. Mas, assim como a protagonista não sabe muita coisa, nós não sabemos, e o medo do desconhecido pode nos dar coragem ou nos petrificar de medo. Mudança: essa palavrinha que pode significar tanto e nada ao mesmo tempo, dependendo da postura que se toma frente a ela.

Eu estou com o coração na mão e o livro A Esperança também, que será uma das minhas próximas leituras. Estou com medo das mudanças que vêm por aí, mas aquela pontinha de esperança apareceu também, quase como se eu mesma vivesse toda a história da série, junto com a protagonista. A leitura é recomendada, sem dúvida alguma.



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Especial #10: No Mundo da Fantasia


Sempre que uma data "especial" chega no calendário, eu tento trazer algo criativo e relacionado aos livros. O carnaval, particularmente, tem sido post garantido no Conjunto da Obra, mas eu não sei dizer por que, afinal, não é uma data que se diferencia muito dos demais feriados, para mim.

Em 2012, o post Baile de Máscaras trouxe várias capas de livros que traziam máscaras. Em 2013, em E para quem não gosta de carnaval?, os livros em si tinham suas sinopses relacionadas ao carnaval. E eu até achava que seria difícil desenvolver algo para 2014, mas me enganei: a ideia surgiu, como se ela mesma mandasse em mim.

O tema de hoje são as fantasias, que tanto embalam as festanças destes dias de folia. E o que elas têm a ver com os livros? Simples: por que não se basear neles para criar as fantasias? Ou, ainda, para quem não se anima em sair para festas e não quer deixar de lado esses dias bons de descanso e aproveitar para ler, por que não mergulhar no mundo da fantasia?

São várias opções, neste caso, mas vou apenas dar uma base e uma fonte de inspiração, ok?

VAMPIROS


 Há tempos que eles estão "entre nós", tanto os clássicos malvados, quanto os mais bonzinhos e apaixonados. Tem opção de vampiros para todos os gostos. Que tal aproveitar e ler algo light como Academia de Vampiros ou, quem prefere algo mais assustador, Noturno, por exemplo?
 





BRUXOS/BRUXAS

Bruxos e Bruxas também não são exatamente novidade, mas como poderiam não nos conquistar?








ANJOS

Essas criaturas nem sempre são tão fofas e amáveis, mas quem é que nunca gosta de algo um pouco "torto", como os anjos caídos?


 





ZUMBIS

Até mesmo eles têm suas versões fofinhas, mas são os assustadores que realmente agradam.






CAUBÓIS

Ah, os caubóis!
Eu simplesmente não poderia deixá-los de fora desta lista, porque eu acho que essa é uma das melhores fantasias, viu?




 Quais fantasias vocês usariam? E quais preferem?


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