Minta que me ama - Maria Duffy

Sinopse: O inverno é a estação mais aconchegante do ano, mas Jenny Breslin não se sente nada confortável. Tudo na sua vida a total ausência de romance, o emprego chatíssimo no banco foi tocado pela mágica das festas de fim de ano. A simples ideia de passar por mais um Natal com a sua mãe extravagante e Harry, o novo namorado dela, a enche de pavor. Mas isso é na vida real...

No Twitter, as coisas não poderiam estar mais interessantes. Nele, Jenny tem uma carreira em ascensão, uma vida amorosa sensacional e uma agenda superconcorrida. Então, em uma noite de bebedeira, Jenny está tuitando com suas amigas Zahra, Fiona e Kerry. E de repente ela as convida para passar alguns dias em sua casa em Dublin. À medida que a sua vida virtual entra em rota de colisão com a sua verdadeira rotina, Jenny não sabe para onde correr. Tudo parece contribuir para mostrar que a existência das suas companheiras de Twitter é um milhão de vezes mais interessante do que a sua. O fim de semana chega, e segredos são compartilhados. Jenny começa a perceber que, enquanto ela sonhava, as coisas acontecem bem depressa.
Será que é muito tarde para que ela volte a assumir o controle da sua própria e verdadeira vida? (Skoob)
DUFFY, Maria. Minta que me ama. Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2014. 384 p.


Minta que me ama me conquistou pela capa. É bem comum eu ser fisgada assim. A cor, as luzes, o clima do inverno, de natal, logo me fizeram ficar curiosa para saber o que aquela garota da capa parecia ter aprontado. Ao terminar de ler o livro, pesquisei no google as resenhas de outros blogs – é tipo um hábito. E, com tantas resenhas muito positivas, fiquei pensando várias horas no porquê de a história não ter funcionado tão bem para mim.

Antes de dar minha opinião, tenho que comentar algumas coisas que simplesmente não fizeram sentido. A primeira delas é o título. Se alguém entendeu o porquê dele, conte-me, por favor. Eu adorei o título, acho que há força nas palavras escolhidas, mas... será que é por causa das não verdades tão presentes nas redes sociais? A outra, foi a época em que se passa a história. Eu esperava ler uma história natalina, mas o natal só estava lá “por acaso”, já que tudo poderia ter acontecido em qualquer outra época do ano. Isso não é uma crítica, mas a impressão que tive era de que a autora iniciou a escrita do texto com uma intenção e os personagens a levaram para outra direção.

Minta que me ama, de Maria Duff, é um chick-lit que conta a história de Jenny Breslin, uma mulher de 30 anos que não está satisfeita com sua vida. A melhor parte dela é o que ela pode ser quando está no twitter. E ela gosta tanto disso que, uma noite, depois de algumas taças de vinho, convida suas amigas virtuais para visitá-la em Dublin. Só que agora ela não sabe o que fazer e está nervosa por ter de pensar em maneiras de mostrar para mulheres tão perfeitas que sua vida real também pode ser interessante.

No início do livro, Jenny era melancólica e reclamona. Ela reclamava de sua mãe, de sua chefe, dos homens que ela não tinha, de ter uma vida mais ou menos. Quase toda a primeira metade do livro eu fiquei realmente preocupada de ter que ler um livro inteiro com uma protagonista assim. Porém, como já dizia a divisão do livro, essa era apenas “A calmaria que precede a tempestade”. A leitura não foi totalmente chata nesse primeiro momento, os capítulos mostravam como era o cotidiano de Jenny com narração em primeira pessoa, mas a protagonista cansava às vezes.

Quando veio “A tempestade”, aí sim a história se tornou mais interessante. O encontro das garotas do twitter trouxe situações inusitadas, exageradas, típicas de livros do gênero. Os acontecimentos passaram a ter velocidade, e eram tantos ao mesmo tempo - e tão desesperadores! - que eu não sei como Jenny não parou, sentou e chorou para o resto da vida! Rsrs Brincadeiras à parte, foi nesse segundo momento do livro que o enredo deslanchou e que o envolvimento realmente aconteceu.

"Acredito muito em sinais. Por exemplo, sempre digo para mim mesma que, se os próximos três semáforos  estiverem verdes, é porque vou ter um bom dia. Ou que, se uma das minhas músicas preferidas tocar na rádio dentro de cinco minutos, algo bom vai me acontecer. Não sou totalmente louca e sei que isso não é uma ciência exata, mas é algo que me ajuda porque eu geralmente trapaceio, então os sinais sempre me beneficiam!"

No entanto, ao mesmo tempo em que era envolvente acompanhar o que estava acontecendo e saber como as coisas seriam resolvidas, eu não me diverti com o livro. Não soltei nem uma gargalhada, somente um ou dois sorrizinhos. Geralmente não é isso que se espera de um chick-lit. Além do mais, eu consegui prever todas as grandes surpresas do livro. Isso não fez da história pior, mas é incrível como eu tenho o dom de me auto sabotar. Por todos esses elementos, eu me sinto dividida ao escrever essa resenha, pois não foi uma leitura ruim, tampouco foi boa.

De qualquer forma, Minta que me ama é um livro leve, com uma mensagem linda, especialmente sobre o quanto nosso ponto de vista pode modificar a realidade ao nosso redor. Mesmo que não tenha sido o que eu esperava, já que eu imaginei boas risadas, foi como se eu tivesse lido um romance fofo, o que é agradável de qualquer maneira. Para os que têm curiosidade, leiam, porque acredito que eu tenha sido exceção, e a maioria dos comentários que eu li foram bem empolgados a respeito da história.


Ju
Ju

Apaixonada pela leitura desde a infância, tantos livros lidos que é impossível quantificar. Alguém que vê os livros como uma forma de viajar o mundo e lugares mais incríveis que possam ser criados pela imaginação, sem precisar sair do lugar. Tem o blog como uma forma de dividir experiências e, principalmente, as emoções que as leituras despertaram, para compartilhar idéias e aproveitar sugestões de leitura, envolvendo mais e mais pessoas em um mundo onde a imaginação não tem limites.

6 comentários:

  1. Oi, Julia! Tudo bem? Eu tenho esse livro. Achei o título curioso e a capa, se não fosse rosa, seria mais bonita (risos). Nada contra rosa, mas a capa é muito rosa, então, que já não sou tão fã de rosa, fiquei meio zonza de tanto "rosê" (risos).
    Bem, eu também meio que adivinho os próximos capítulos dos livros. Não de todos, claro, mas em alguns casos. Acho que eu tenho meio que uma bola de cristal no cérebro, só pode.
    Eu espero gostar do livro, ainda que não me surpreenda ou que solte muitas gargalhadas, assim como você.
    Um abraço!
    Boas leituras!

    Blog || FanPage

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  2. Oi Julia

    Tentei ler esse livro assim que ele chegou para mim, acho que não passei de 50 páginas. Não consegui me conectar a história e fiquei me sentindo estranha porque todo mundo amou e as resenhas sobre ele são super positivas. Pela sua resenha sinto que é melhor eu não arriscar essa leitura. Parece que todas as suas impressões sobre a história serão as minhas também. Talvez em outro momento eu tente e dê certo, mas com tantas leituras na fila, acho que vai demorar um pouco.

    Beijos
    Mundo de Papel

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  3. Oie Ju =)

    Eu pessoalmente não curto chick-lit, então confesso que esse livro não me chamou a atenção.
    Uma pena o livro não ter correspondido as suas expectativas, infelizmente isso acontece as vezes =/

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary


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  4. mas olha... também jurava que seria uma história natalina, com todos aqueles clichês que a gente ama rs. sou super fã de chick lit, mas acho que a intenção da autora foi fazer um chick lit e acertou num drama leve e de leitura que flui mas não diverte. mesmo assim, tenho curiosidade em lê-lo. =) bj Ju!

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  5. Já estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, curto muito um chick-lit e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda ansiosa em conferi essa história que parece ser ótima.

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  6. Bom dia Julia,


    Esse livro está na minha lista de espera de leitura, li algumas resenhas positivas, mas ainda tenho dúvidas, ainda mais depois de ler sua excelente resenha....abraço.


    devoradordeletras.blogspot.com.br

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