Novidades #114: Eventos Literários


Hoje é dia de novidades! Tem muita coisa legal para mostrar para vocês, e estou que não aguento de ansiedade. rsrs

 

A primeira delas é da autora Graciela Mayrink, que estará em Santa Catarina no final desta semana. Galera, ela vai estar aqui em Floripa! É tão difícil os autores virem para cá.

Eu ainda não tenho certeza se vou conseguir ir, mas quero muito estar lá. E, se conseguir, conto para vocês depois.
A Segunda novidade é da autora Josy Stoque. A autora estará presente em outro superevento literário no Rio de Janeiro: 3º Identidade Literária, que ocorre no dia 24/10, a partir das 13 horas, na Livraria Cultura Cine Vitória. A autora está concorrendo ao prêmio que será entregue no dia e conta a votação popular para ganhá-lo. Acesse o site do evento e vote.

Enquanto a data não chega, que tal aproveitar os preços dos ebooks da autora, que estão todos em promoção na Amazon?
Tem livro para todos os gostos, para quem gosta de fantasia ou mesmo para curte eróticos. Promoção válida somente até 06 de outubro.

ROMANCES DE FANTASIA
Saga sobrenatural Os Qu4tro Elementos completa, incluindo spin-off

ROMANCES ERÓTICOS
New adult Insensatez, escrito com Gisele Galindo
Trilogia Puro Êxtase completa:
E acha que acabou por aí? Que nada!

Os eventos literários vão acontecer por todos os lados. A autora A.C Meyer fará Sessões de Autógrafo em três cidades diferentes em outubro.

Confira as datas:

CAMPINAS
SHOPPING IGUATEMI CAMPINAS
Livraria Saraiva
10/10 às 15 horas

SÃO PAULO
SHOPPING CENTER NORTE Livraria Saraiva
11/10 às 15 horas

BELO HORIZONTE
LEITURA PÁTIO SAVASSI Livraria Leitura
17/10 às 15 horas

 E então, gostaram das novidades? Conseguirão aproveitar os eventos?

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O que me disseram as flores - Alane Brito


Sinopse: Presa a uma promessa feita por seu pai, Ângela decide desafiá-lo a aceitar que não é vontade dela se casar com alguém que conhecia apenas através de cartas. Deixando-se levar por uma mentira, William viaja até a prometida, acreditando encontrar uma moça tão apaixonada quanto ele. Entretanto, depara-se com a força da raiva de alguém com quem sonhava passar o resto de sua vida. Por conta do grande amor que aprendeu a nutrir por ela, decide, então, lutar para conquistá-la. Usando a linguagem das flores para se declarar e, cada dia, se revestindo de uma força descomunal para suportar as palavras afiadas e suas duras atitudes, ele tenta encontrar uma maneira de fazer com que o ódio, que ela tanto demonstra sentir, se transforme em algo bom, mas para isso ele mesmo precisa continuar acreditando que é possível... Um grande amor é realmente capaz de suportar tudo? Conheça a emocionante história de duas pessoas numa mesma batalha, mas que lutam por desfechos diferentes. E que vença o mais obstinado. (Skoob)
BRITO, Alane. O que me disseram as flores. Literata, 2014. 200 p.

Hoje, promessas de casamento entre filhos de famílias diferentes, para confirmar a amizade ou para selar negócios, não possuem o mesmo peso que há cem anos atrás. E, mesmo nessa época, elas quase sempre causavam a tristeza do casal diante da incompatibilidade sentimental. Não é diferente entre Ângela e William. Prometidos em casamento pelos pais, Santiago e Afonso, o casal entre em conflito já nas primeiras páginas da obra de Alane Brito.

Ângela é apaixonada por Felipe, e mais tarde por Leonardo, e se recusa a casa com William. Mas este, é apaixonado por Ângela, devido à troca de cartas quando adolescentes e após. Mas o que William desconhece, é que quem respondia as cartas era Santiago, com medo do desafeto do jovem por descobrir que Ângela o renegava. Na verdade, não existe um real motivo para a antipatia da Ângela por William. A sensação que passa, é que ela recusa o interesse afetivo apenas por birra, para manter sua vontade de escolher quem deseja para esposo.

Entretanto, William é perseverante e insiste na conquista da moça. Mesmo tendo que suportar humilhações e respostas da língua afiada de Ângela. Ela, para desmotivá-lo, promete se casar caso ele consiga cultivar um jardim estéril com flores. Ele, obviamente, parte para a tarefa julgada impossível por Ângela.

"Ângela arregalou os olhos, levando as mãos à boca, vendo-o despencar. Quando, enfim, chegou ao chão, ela aguardou que se levantasse. No entando, ele não se movia. Chegou a descer um pouco para verificar seu estado à distância, mas acabou dando meia volta e correu, se trancando no quarto."

O que me disseram as flores, aproveita o velho ditado das paixões trocadas. Lilian ama William, que ama Ângela, que ama Felipe. Quando Felipe descobre da promessa feita pelas pais dos jovens, ele desiste do amor de Ângela e se conforma. Ela, ao invés de tentar gostar de William, começa a usar Leonardo como interesse romântico. E aí, entra outra dura lição da vida.

Às vezes, amamos uma pessoa que se recusa a aceitar o sentimento. Por mais que façamos, não recebemos em troca aquilo que oferecemos. O que nos resta é prosseguir nas tentativas, com a vã esperança de conseguir moldar o coração da pessoa amada, mas nem sempre conseguimos, e o que recebemos em troca é apenas a indiferença ou a compreensão, o que machuca da mesma forma. Também às vezes, a pessoa amada não merece o amor oferecido, e, nesses casos, não há esperança para a conquista. O melhor que se faz, é retomar o caminho para longe desse sentimento.

"Sem dizer nada, ele deu-lhe as costas e saiu portão afora. Ângela ficou parada no mesmo lugar, consternada. Só quando percebeu as suas roupas se encharcarem por causa da chuva foi que tomou a iniciativa de entrar em sua casa. Correu para o quarto e arrancou o vestido, se encolhendo dentro da banheira vazia e chorando amargamente."

Cabe ao leitor descobrir, nas páginas do livro, a qual dos dois casos Ângela pertence, e se William conseguirá o que tanto almeja. Além dessa lição, existe uma outra, mais dramática de se aprender. Não se deve brincar com os sentimentos de uma pessoa. Eles são o que possuímos de mais pessoal e bonito. Mas, se golpeados com promessas que se tornam vazias diante da realidade, esses sentimentos podem se transformar em algo odioso e doentio. E o resultado dessa transformação, pode ser definitivo para o destino das pessoas envolvidas.

Por fim, existe a mais dura lição: mesmo quando conseguimos compreender o que sentimos, quando, finalmente, enxergamos o quanto a pessoa que nos ama faz falta em nossa vida, quando deixamos o sentimento por essa pessoa sair do fundo do coração e aceitamos o que não queríamos enxergar, e podemos finalmente ficar lado a lado, pode ser tarde demais. A vida é breve para todos e não se deve desperdiçar nenhum momento, nenhum sentimento, nenhuma ligação, por capricho, orgulho ou qualquer sentimento negativo.

Assim, O que me disseram as flores entrega uma história cheia de lições sobre escolhas difíceis, que não podem ser desfeitas e que entregam o destino de quem abusa da individualidade de forma triste e definitiva.

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Delírio - Lauren Oliver

Sinopse: Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos.
Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas.
Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura? (Skoob)
OLIVER, Lauren. Delírio. Intrínseca: 2012. 352 p.

Alguém que já se apaixonou sabe o quanto o amor torna as pessoas vivas: o quanto o coração palpitando, a adrenalina percorrendo o corpo e as pernas tremendo preenchem os dias e dão esperança de um futuro melhor, mais feliz. E se esse sentimento fosse diagnosticado como uma doença? No mundo em que Lena vive, o amor já não é considerado algo bom; pelo contrário. Existem procedimentos de cura, e tanto aqueles infectados, quanto os simpatizantes e os inválidos, podem sofrer punições terríveis.

"Não gosto de pensar que continuo andando por aí com a doença em meu sangue. Às vezes sou capaz de jurar que posso senti-la se movendo por minhas veias como algo estragado, tipo leite azedo. Isso faz com que me sinta suja, me faz pensar em crianças pirracentas, em resistência, em meninas doentes raspando o chão com as unhas, arrancando os cabelos, babando.
E, é claro, faz com que eu me lembre de minha mãe."

Falta pouco para que Lena complete 18 anos. Só lhe resta um verão antes da cura, e ela não consegue esconder a ansiedade para realizar A Intervenção, especialmente por causa do histórico da doença em sua família e do estigma que esteve com ela durante toda a sua vida. Ela só não podia imaginar que nesse interstício conheceria Alex, o garoto que colocaria todas as suas crenças em cheque. 

Delírio, de Lauren Oliver, foi lançado em 2012, e desde então eu quis ler o livro. Por algum motivo que não me recordo, não foi possível, e só este ano consegui tirar o exemplar da estante. Não sei se me arrependo de não ter lido antes, ou se só gostei tanto do livro por tê-lo lido no momento certo. Independente do que poderia ter sido, o fato é que eu amei o livro e quero espalhar esse amor – seja ele doença ou não – para todo mundo.

"- Lena!
É estranho como reconheço instantaneamente a voz, embora só a tenha ouvido uma vez, por dez, quinze minutos, no máximo - é a risada que corre sob ela, como alguém se inclinando para contar algum segredo muito bom no meio de uma aula muito chata. Tudo se congela. O sangue para de circular em minhas veias. Minha respiração para. Por um segundo até mesmo a música some, e tudo o que ouço é algo firme, baixo e bonito como uma batida distante, e penso: Estou ouvindo meu coração, mesmo sabendo que isso é impossível, porque meu coração também parou. Minha visão consegue focar-se novamente, e tudo o que vejo é Alex, usando os ombros para abrir caminho pela multidão para vir até mim."

Lauren Oliver escreve de uma maneira intensa. A narrativa é em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Lena, e o fato de a garota ter de se despedir em breve da vida como ela conhece a faz refletir o tempo todo. Todas essas reflexões – que no início são suaves, dentro dos limites daquilo que ela sempre aprendeu, mas que ganham força com o decorrer de suas experiências – conseguem nos inserir no mundo da personagem e entender como as coisas fogem do controle e se tornam um turbilhão.

Nesses anos desde o lançamento do livro, li bastantes resenhas sobre Delírio, e sei que muitos leitores acharam Lena irritante. Isso, porém, não aconteceu comigo. Lena cresceu acreditando em algo que era correto para ela, e sei que não é fácil ver tudo deixar de fazer sentido em tão pouco tempo, já que a base de sua vida foi construída sobre aquelas "verdades". Não é fácil se sentir sem chão, até que consiga pensar por si mesma. Foi isso que aconteceu com a personagem, tudo que ela acreditava precisava ser revisto, e quem é que não resiste à mudança quando ela se apresenta, mesmo que a mudança aconteça apenas em nós mesmos?

Além disso, o livro permite uma reflexão profunda sobre o amor. Alguém já parou para pensar em quantos absurdos acontecem todos os dias em nome desse sentimento? É esse mal que a sociedade, no contexto do livro, tenta evitar. Só que evitar o amor é evitar a vontade, é evitar os anseios, os desejos, a força de conseguir e lutar por algo. É impedir a criatividade, a música, a dança, as risadas, o choro e o sofrimento. É vetar experiências.

"Instantes, momentos, meros segundos: tão frágeis, lindos e indefesos quanto uma borboleta voando contra o vento forte."

E, mesmo que a princípio não queira, Lena se afoga nessas experiências. E nós, leitores, somos puxados para o fundo junto dela. Há muito, muito tempo, eu não me envolvia tanto emocionalmente com um enredo romântico, e Delírio conseguiu fazer isso comigo. Eu quis gritar, esmurrar algo, ou só chorar quietinha no meu canto; quis sentir e viver tudo, de bom e de ruim, que o amor poderia me dar.

No fim, eu não pude acreditar no caminho que a autora preferiu tomar para a história. Foi surpreendente, enganador, e tudo em que consigo pensar agora é no quanto eu preciso saber o que acontecerá em Pandemônio, segundo volume da trilogia.


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Conjuntando #47: Como foi publicar Fugitivos


Semana passada, a Ju me convidou para escrever um texto narrando o processo de publicação de meu livro, Fugitivos, desde o nascimento da ideia até o dia do lançamento. Desde então, já apaguei três textos prontos, porque o resultado final parecia demasiado pessimista.

Mas, na verdade, o problema não estava no texto, uma vez que ele continha todas as verdades que aprendi nessa aventura pela busca de uma editora. O problema estava no que eu não contei.

Assim, neste, que espero seja o texto definitivo, não vou enfatizar alguns fatos.

Não vou dizer que nenhuma grande editora aceita obras com mais de trezentas páginas de autores desconhecidos, porque o custo é maior e temem o prejuízo de vendas fracas, sem mencionar uma maior campanha de marketing.

Não vou dizer que a enorme maioria das editoras pequenas realizam apenas um trabalho gráfico e de impressão, uma vez que o autor arca com metade dos custos de publicação e praticamente não existe divulgação ou revisão.

Não vou dizer que quase todas as editoras não se dispõem a dar um retorno quando à leitura do original enviado, informando apenas que entram em contato caso a obra agrade.

Não vou dizer que quase todas frisam que se o original não estiver dentro dos parâmetros de letra, espaçamento e margem, não será lido.

Nem vou dizer que grande parte nem recebe originais, prefere apenas um resumo de poucas linhas da história, como se isso fosse suficiente para qualificar a qualidade da obra.

Também não vou dizer que as grandes editoras encaminham os originais para blogs parceiros lerem e não o editor.

Não vou dizer que mesmo as editoras grandes preferem concentrar o marketing em quem já é conhecido e deixam o autor de primeiro livro trabalhar na sua própria divulgação.

E não vou dizer que quase todas deixam claro que não desejam que o autor pergunte sobre a obra que enviou, nem sequer se a receberam, explicando que o contato não será retornado.

Vou me concentrar em explicar que fiquei um ano escrevendo Fugitivos nas madrugadas dos dias de semana, uma vez que trabalho o dia todo e reservo os fins de semana para lazer. Vou dizer como foi emocionante entregar a obra impressa na Biblioteca Nacional e receber o certificado de direitos de cópia. Vou dizer que apesar de tudo o que não disse, continuei procurando editora atrás de editora, até que uma se interessou em arriscar na publicação de uma obra de tantas páginas. E vou dizer que foi único o dia que assinei contrato e iniciei oficialmente o processo de publicação.

Mas tudo isso que não disse e disse fica opaco diante do que realmente aprendi e conheci nesse período. Eu conheci pessoas incríveis. Não pessoalmente, mas virtualmente. Através das redes sociais, como o Instagram, Facebook, Twitter e, de forma mais direta, através de grupos de conversa do Whatsapp. Sem esquecer de mencionar também os blogs, a máquina que trata da divulgação da maioria dos livros vendidos no Brasil e que é tratada com cautela pelas editoras, para que os blogs não vejam que são o meio de marketing mais amplo e barato usado por essas mesmas editoras.

Em poucos meses, uma verdadeira legião de fãs se formou em volta de um livro que não leram, que conheciam apenas a sinopse e uma capa feita de forma precária por mim. Eles em nenhum momento cobraram qualquer retorno de mim, apenas a promessa de que um dia o livro estaria à venda e que eles poderiam ler.

Mais que isso, eu conheci muitas histórias pessoais, algumas alegres, outras nem tanto. História semelhantes às que meu livro narrava. Pessoas semelhantes às que meu livro dava a conhecer. Fiz amizades. Recebi ajuda. Dei ajuda. Fizemos brincadeiras, sorteios, jogos. Criamos situações onde todos se encontravam e se conheciam pessoalmente. Ouvi confidências e contei confidências. Fiz vínculos que levarei por toda minha vida.

Assim, o que aprendi escrevendo e publicando Fugitivos? Que a vida real, as pessoas reais, são muito mais emocionantes, misteriosas, heroicas e determinantes que qualquer personagem do melhor livro já escrito. Aprendi que o laço humano é algo único e que precisa ser cultivado com todo o amor e atenção que dispuser. Seja ele presencial, através da Internet ou de um aplicativo para celular. O que recebi em troca, foi a maior conquista que poderia conseguir.

E quanto ao que eu não disse, esqueça. Dificuldades todos encontramos. Passe por elas, sejam quais forem, e persiga seu sonho até conseguir realizá-lo. Não desanime. Não desista. Tenho certeza de que não se arrependerá. ;)

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TAG: Problemas de um leitor

Oi galerinha, como vocês estão?

Fui indicada para muitas tags recentemente, então de vez em quando vocês verão alguma nova por aqui. Na de hoje, fui indicada pela Nessa, do blog Diário de Incentivo à Leitura, e o objetivo é que os blogueiros respondam algumas perguntas sobre os problemas que mais afligem os leitores.


1. Você tem 20 mil livros para ler. Como você decide o vai que ler?
R: Sou totalmente aleatória. Eu não tenho uma regra para decidir, geralmente leio o que tenho vontade no momento. Minhas exceções são as parcerias do blog, que eu dou prioridade, mas sempre intercalo com algum que seja meu.

2. Você está no meio de um livro, mas não está gostando. Você para ou continua?
R: Depende. Se eu não estou gostando, mas, apesar de eu não conseguir me envolver com a história, a leitura flui, o que acontece na maioria das vezes, eu continuo. Se não estou gostando mesmo e não tenho vontade de ler, tento intercalar com outros, para dar uma última oportunidade.
Se nem assim a leitura anda, eu deixo o livro de lado. Mas é muito, muito difícil mesmo eu fazer isso. Quando eu começo uma história, geralmente levo ela até o fim, senão corro o risco de ficar com os personagens na cabeça e a dúvida sobre o que teria acontecido com eles não me deixa em paz. rsrs

3. O fim do ano está chegando e você está perto, mas não tão perto de finalizar sua meta de leitura. O que você pretende fazer e como?
R: Nada. As minhas metas são mais um controle, não uma obrigação. Ler tem de ser um prazer, não um prazo a cumprir. Já tenho o bastante disso no meu trabalho e na minha vida - sou movida por metas. Mas isso não se aplica à leitura. Às vezes rende, às vezes não. E eu faço faculdade, trabalho, tenho casa para cuidar, preciso me dar um desconto.

4. As capas de uma série que você ama são horríveis! Como você lida com isso?
R: Apesar de gostar muito de capas bonitas, como todo mundo, elas não definem os livros que eu leio ou não. Até porque não são as capas que dizem se um livro é bom, isso não é termômetro. Além disso, muitas vezes uma capa que parece feia, passa a fazer todo o sentido depois que o livro é lido, e você percebe que não poderia haver capa mais perfeita. Acho que lido muito bem com isso. rsrs

5. Todo mundo, incluindo sua mãe, gostam de um livro que você não gosta. Como você compartilha esses sentimentos?
R: Sem drama. Se eu não gosto, não gosto. Não vou dizer que gosto para agradar alguém. Já teve caso, inclusive, de eu ler um livro, não gostar, e indicar para minha irmã dizendo que ela iria amar. E ela amou. 

6. Você está lendo um livro e você está prestes a começar a chorar em público. Como você lida com isso?
R: Essa é difícil. Eu odeio chorar, ainda mais em público. Mas sou totalmente coração mole e não é difícil me fazer chorar. Quando eu vejo que vou entrar em desespero com o livro, fecho ele, respiro fundo, e me determino a terminar quando chegar em casa. Se é o caso de apenas marejar os olhos, ou deixar cair algumas lágrimas silenciosas, eu continuo. Dou uma secadinha no canto dos olhos de vez em quando e vamos lá! rsrs

7. A sequência do livro que você ama acabou de sair, mas você esqueceu parte da história anterior. Você lê o anterior novamente? Pula para a sequência? Lê uma sinopse ou resenha? Chora de frustração?!
R: Pulo para a sequência. Se eu não lembro realmente nada, mesmo depois de começar a ler a continuação, eu tento ler algo sobre o livro para relembrar - a sinopse, uma resenha, um comentário. Nunca precisei voltar a ler um livro para poder continuar uma série, só voltei a ler um livro que já li quando a vontade era de reler mesmo.

8. Você não quer que ninguém, NINGUÉM, pegue seus livros emprestados. Como você educadamente diz às pessoas NÃO quando eles perguntam?
R: Bom, eu já tive ciúmes dos meus livros a ponto de não emprestar. Emprestava apenas para quem eu confiava inteiramente, e somente depois de dar centenas de instruções. Muitas vezes a pessoa desistia, percebendo que eu não queria emprestar. rsrs Hoje eu desapeguei quase 100%. Digo: esse livro é muito bom, quer ler? Eu empresto! Criei um carinho especial pelos livros mais batidos, usados, já que significa que eles foram realmente lidos. Mesmo quando eles não voltam ou demoram muito para voltar. Eu provavelmente não vou reler, o que significa que eles ficariam parados na estante, e como sei com quem estão todos, só pergunto de vez em quando se já leu, quando vai me devolver, mas sem me estressar com isso. Criei uma nova filosofia sobre a circulação da leitura. É difícil, mas precisamos desapegar. Só não empresto os que não li ainda, mas sempre garanto que, depois que eu ler, empresto sem problemas. 

9. Déficit de Atenção. Você não conseguiu ler os livros que queria no último mês. O que você faz para voltar a ler mais?
R: Como já comentei antes, não dá para eu me estressar com isso. Ler é o meu lazer, se eu não consigo ler muito, paciência. Tenho compromissos demais na minha rotina, então só posso esperar pelas férias para ler mais. Nada a fazer.

10. Há muitos livros novos que foram lançados e que você está morrendo de vontade de ler! Quantos deles você realmente compra?
R: Dificilmente compro algum. Eu tenho livros parados na estante que quero muito ler, então quando não leio os livros de parceria, recorro a eles. Claro que tem vários lançamentos que eu gostaria de ler, mas seriam outros que ficariam parados na estante, e eu dou valor ao meu dinheiro. É mais fácil eu comprar algum para dar de presente, ou ganhar algum de presente. Em 2015 só comprei 7 livros para mim, não devo ter gastado mais de R$10 em cada um, mas acho que comprei o dobro dessa quantidade para presente.

11. Depois de ter comprado os novos livros que você tanto queria, quanto tempo eles ficam em sua prateleira antes de você realmente ler?
R: Como não compro muitos, não ficam tanto assim. Dos novos que compro, acho que eles ficam, no máximo, um ano, quando eu realmente estou enrolada para ler, porque eu sempre dou prioridade para eles nas minhas férias.

E vocês, como lidam com os problemas que afligem todo leitor? Não vou indicar ninguém para a tag hoje, mas respondam se acharem legal, adorarei ver as respostas!

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À Espera de Um Milagre - Stephen King

Uma trama de mistério e terror, ambientada nos anos 30, em plena Depressão americana, num cenário de desespero e sufoco: a Penitenciária de Cold Mountain. Stephen King foi buscar no lado mais sombrio de sua imaginação a história assombrosa de John Coffey, condenado à morte, e seu encontro fatal com o carcereiro Paul Edgecombe. Originalmente publicado em seis partes, com o título de O Corredor da Morte, o romance é agora lançado em volume único: "À Espera de um milagre". Nas telas, o diretor Frank Darabont recria a história magistral de King, com Tom Hanks interpretando o guarda Edgecombe.
KING, Stephen. À Espera de Um Milagre. Rio de Janeiro: Suma de Letras, 2013. 400 p.

"À Espera de Um Milagre", o filme, é um dos meus filmes preferidos da vida. Descobri há pouco tempo que ele é uma adaptação de um livro, e não um livro qualquer. Seu autor é ninguém mais, ninguém menos que o rei do terror Stephen King, um escritor que, pensava eu, nunca publicaria uma história tão incrível e e emocionante quanto esta. 

Não entendam mal: Stephen King é e sempre será um ótimo escritor. A questão é que se você quer ler esse livro porque pensa que nele encontrará uma história assustadora, pare agora. Acredito que essa sinopse seja apenas para atrair o público que está acostumado aos livros de terror do autor. Na verdade, a história de John Coffey, apesar de ter um leve toque de suspense, é triste e terrivelmente tocante.

Paul Edgecombe trabalhava na Penitenciária de Cold Mountain, mais precisamente no Bloco E (conhecido como O Corredor da Morte, para os de fora, ou simplesmente como Corredor Verde, para os guardas que trabalhavam n bloco) em meados dos anos 1930. Porém, em 1932, ele conhece John Coffey, um homenzarrão negro que foi condenado por estuprar e matar duas menininhas. É exatamente em 1932 que sua vida começa a mudar completamente. Desde o dia da chegada de Coffey no Corredor Verde, Edgecombe já percebe que tem algo errado em toda essa história. O livro é narrado pelo próprio Paul, muitos e muitos anos após os acontecimentos de 1932.

— Seu nome é John Coffey.
— Sim, senhor, patrão, como o que se toma com leite, 
só que não se escreve do mesmo jeito.

Apesar de o livro ser narrado por Paul, pouco sabemos sobre ele além de que sofria com fortes infecções urinárias e era chefe do Bloco E, mas ainda assim há uma proximidade do personagem com o leitor. Não é para menos: o livro não é sobre ele, e sim sobre John Coffey e tudo o que aconteceu na penitenciária no breve período de tempo em que este permaneceu por lá. Stephen King escreve de uma forma tão profunda que conseguimos sentir com ele todos os horrores que aconteceram em 1932 e ficamos bem próximos também dos outros presos e dos guardas que trabalharam e sofreram junto com Paul no Corredor Verde. 

Pessoalmente, gostei muito de Eduard Delacroix, Del, que foi condenado por estuprar uma menininha e, ao tentar esconder a prova do crime, acabou incendiando várias pessoas. É difícil associar esse Del àquele pirado que tinha um ratinho amestrado como animal de estimação. E digo para vocês que sofri bastante com a morte dele. Outro personagem que ganhou meu coração foi Brutal, que apesar do nome, é incrivelmente gentil. É claro que era mesmo brutal com os presos quando precisava ser. 

Paul Edgecomb (Tom Hanks)  & John Coffey (Michael Clarke Duncan)

Não há como negar que o trabalho do King nesse livro foi impecável. Não consigo falar para vocês um mísero defeito nessa obra, mesmo ele próprio citando alguns no posfácio. Creio que poucas pessoas sabem, mas "À Espera de Um Milagre" foi originalmente lançado em seis volumes antes de vir a se tornar um livro único, portanto é de se imaginar que Stephen King tinha um prazo muito curto para entregar os volumes finalizados. Justamente por esse motivo, ele conseguiu levar a obra a perfeição. 

Creio que quem está acostumado aos livros de terror do King poderá estranhar um pouco "À Espera de Um Milagre", já que foge de tudo o que ele já escreveu até hoje, Ainda assim, ele conseguiu criar uma história que conquistará até os leitores mais difíceis. O livro, é claro, acabou se tornando um dos meus favoritos da vida também.

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Promoção: Aniversário Além da Contracapa


Hoje o blog Além da Contracapa completa 4 anos e, além das comemorações que vem acontecendo durante todo o mês de setembro por lá, é chegada a hora dos presentes.

Para isso,  vários blogs amigos e também as nossas editoras parceiras foram convidados para fazer uma super promoção que dará 30 livros para 15 leitores, e é claro que o Conjunto da Obra não poderia ficar de fora. A todos vocês,  muito obrigado! E agora vamos à festa!

Regulamento:

A promoção terá início no dia 22 de setembro e término no dia 22 de outubro.


Para participar, basta preencher os formulários abaixo, usando sua conta do Facebook ou seu e-mail, e ter um endereço de entrega no Brasil.

Todas as entradas são opcionais.

O resultado será divulgado no blog e nas redes sociais até três dias após o encerramento da promoção, sendo que os sorteados serão contatados por e-mail, tendo o prazo de 48 horas para fornecer seus dados e o blog se responsabiliza por confirmar o recebimento das informações. 

Os livros sorteados são:


Além Da Contracapa - Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer | Artesã Literária - Ligações
Blog Prefácio - O Inocente | Casos Acasos e Livros - I Love NY
Conjunto da Obra - Seis Coisas Impossíveis | Constantes & Variáveis - O Pequeno Principe
Desbravadores de Livros - Mensageiros da Morte | Estante Diagonal - Loving The Band
Memórias de Leitura - A Máquina Antibullying | Minha Vida Literária - Esposa 22
My Dear Library - O Grande Ivan | Revelando Sentimentos - Colin Fisher
Roendo Livros - Soldier, leal até o fim | S2 Ler - Sedução no Convento
The Tony Lucas Blog - Extraordinário | Tô Pensando em Ler - As Cores do Entardecer
Universo Literário - Sal | Vida de Leitor - Easy

O primeiro sorteado poderá escolher oito livros entre as dezoito opções, o segundo sorteado poderá escolher seis livros entre as dez opções, e o terceiro sorteado ficará com os quatro livros restantes.

O prazo para envio dos livros é de 40 dias úteis.
A Equipe do Além da Contracapa se reserva ao direito de dirimir questões não previstas neste regulamento.

Para conferir as demais promoções, não deixe de acessar o blog Além da Contracapa.



a Rafflecopter giveaway

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O Trio - Alane Brito


Sinopse: Davi achava que seus piores problemas seriam dividir o forte sentimento que ele e seus dois amigos, Nelson e Jordan, nutriam pela mesma menina e tentar tornar a conturbada vida de um deles menos sofrida. Até que ao completarem dezoito anos a pequena vila no meio do nada onde moravam é invadida por homens violentos. É quando começa o maior desafio de suas vidas... Davi e Nelson conseguem fugir com mais alguns e, após se deparar com o sofrimento do amigo, Davi sente-se obrigado a retornar ao palco do grande massacre para resgata r Jordan. Para levarem ajuda aos outros sobreviventes que estão aprisionados, os três terão que juntar forças com seus desafetos, a fazer difíceis escolhas, e acabam descobrindo que, no fundo de suas almas, guardam uma grande garra e coragem jamais experimentados por nenhum deles... Existem erros tão graves que jamais possam ser perdoados? Abriria mão de um verdadeiro amor por causa de uma grande amizade? Descubra nessa história que é uma grande lição de amor, amizade e perdão... (Skoob)
BRITO, Alane. O Trio. Novo Século, 2012. 511 p.

A verdadeira amizade é um sentimento tão forte quanto o amor. O desejo é a principal característica que diferencia os dois. Entretanto, o amor, em alguns casos, consegue se manter diante dos defeitos do outro, enquanto a amizade, não. Embora forte de se sentir, a amizade é fácil de se quebrar. E uma vez quebrada, não há como restaurá-la à forma original sem esconder as rachaduras.

Davi, Jordan e Nelson são os protagonistas de O Trio. A narrativa em primeira pessoa é feita por Davi, que regressa à vila onde cresceu, Valentino Duarte, em Goiás, dez anos após sua partida. Ele deixa logo claro que algo de terrível aconteceu e que agora está de volta para cumprir uma promessa feita aos dois amigos. Nas páginas seguintes, vamos conhecendo, aos poucos, todos os eventos que o obrigaram a partir.

A trama se inicia em 1930 e culmina em 1946, quando os três rapazes estão com dezoito anos. Longo no início, Davi explica o motivo de Jordan possuir o apelido de leproso e ser odiado por quase todos os habitantes de Valentino Duarte. Diversos acontecimentos, como roubos, incêndios e ataques às plantações, são creditados a Jordan, porque este sempre é encontrado nos locais em que essas coisas ocorrem. Entretanto, como nunca existe uma testemunha, ou qualquer outra prova de sua culpa, ele consegue escapar dos castigos, mas não do ódio das pessoas.

"Não tinha como não perceber o quanto Jordan estava cansado, moral e fisicamente. Naquela hora, ele estava convicto de que o baniriam. Isso pensando positivamente, caso não, até tinha o rico de realmente repensarem sobre a pena de morte. Chegava a pensar de que modo lhe matariam. Na verdade, já não fazia tanta diferença para ele. Só queria que aquele tormento chegasse logo a um fim."

Isso não diminui a amizade que os três nutrem um pelo outro, mas afasta suas paixões. Davi e Nelson nutrem sentimentos por Yola, a garota mais bonita da vila, mas cujo primo, Nicolas, insiste em mantê-la longe dos garotos devido à má reputação e a um ódio inicialmente sem motivo. Também temos Leonor, parente de Yola, por quem Jordam se apaixona. Entretanto, esse amor parece impossível devido ao que a população lhe credita. Por fim, conhecemos Ana, uma garota apaixonada por Davi e que será a responsável por um dos momentos mais tristes da história.

Todas as provações pelas quais Davi, Jordan e Nelson passam em O Trio, servem para testar o quanto a amizade entre eles é forte. A descrição realista e pouco romanceada é condizente com o objetivo, ou seja, deixar claro que a narrativa pode ser perfeitamente real. E dessa forma, descobrimos que a raiva, o ressentimento, a desconfiança, tornam-se fortes demais para conseguir manter uma amizade. E isso é muito bem descrito em um determinado momento, quando os três rapazes são obrigados a decidir se o que vale mais é a amizade deles ou a desconfiança que sentem por acontecimentos que não conseguem compreender inteiramente.

"Achei que merecia ao menos um beijo no rosto, mas ela passou adiante. Não liguei para isso também porque tinha certeza de que, dali em diante me deleitaria em seu lábios sempre que tivéssemos chances de nos ver e tudo seria real e não apenas devaneios em noites solitárias."

A desconfiança e a mágoa abalam a estrutura mais sólida. Quando somos confrontados com uma acusação infundada dos atos de um amigo, por lealdade e confiança, ficamos ao lado desse amigo. Mas quando começam a se juntar outras acusações, cada vez mais sérias, a base da confiança começa a rachar. E é nesse momento que descobrimos se o que sentimentos é realmente verdadeiro. Mas se diversas acusações e mágoas podem terminar uma amizade, outras tantas podem torná-la mais forte. Nós temos uma linha tênue que determina até que ponto nossas decepções podem ficar acima do bem estar de quem foi nosso amigo. E é também nesses momentos, que podemos recuperar o que perdemos. Na metade de O Trio, quando a rachadura entre os três amigos parece irrecuperável, eles encontram um inimigo comum que os obriga a repensar no que realmente sentem.

Como disse no início deste texto, a amizade é um sentimento frágil e que não pode ser restaurado sem que existam rachaduras. No fim do livro, confirmamos essa premissa. Eles podem voltar a compartilhar esse sentimento, mas no fundo, as marcas estão lá para lembrá-los de que conseguiram ultrapassar todas as dificuldades, mas não saíram ilesos.

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Twittando o Amor - Teresa Medeiros

Sinopse: O Twitter é uma festa que nunca termina onde todo mundo fala ao mesmo tempo e ninguém diz nada...
Abigail Donovan é uma escritora de sucesso. Ela quase ganhou o prêmio Pulitzer e até foi elogiada no programa da Oprah. Então, por que ela passa os dias e noites escondida no chiquérrimo condomínio onde mora, na companhia de seus dois gatos, sem conseguir escrever?
Quando o seu editor a obriga a entrar no mundo das redes sociais para expandir seus horizontes, Abby imagina que vai ser obrigada a conversar com adolescentes que teclam escondido do porão de casa. Mas ela acaba conhecendo Mark Baynard, um professor britânico sexy, bem-humorado e inteligente que está viajando pelo mundo em busca de aventura. Abby tenta resistir ao seu charme, enquanto Mark começa a quebrar a resistência dela aos pouquinhos... Inclusive a resistência a se comunicar por meio de mensagens curtas.
Agora que Abby voltou a escrever e a viver , ela descobre que Mark guarda um segredo que poderá mudar para sempre a vida dos dois. (Skoob)
MEDEIROS, Teresa. Twittando o Amor. São Paulo: Editora Novo Conceito, 2014. 202 p.

Estou em dívida com este livro. Primeiro porque ele foi retirado da estante em razão das cores na capa e pelas poucas páginas. Também porque, apesar de isso ter acontecido há meses atrás, apenas agora consegui resenhá-lo. Mas eu tenho bons motivos: o livro foi lido nas férias de janeiro, época do ano em que leio muitos livros, e as muitas leituras me deixam um pouco de ressaca para escrever resenhas. Eu fico em um estado estranho, como se todos os personagens falassem comigo ao mesmo tempo e eu não pudesse parar de dar atenção para eles para escrever as resenhas. E é por isso que eu faço anotações sobre o que achei do livro e recorro a elas quando preciso. Não que qualquer coisa do que eu escrevi neste parágrafo tenha alguma relevância para vocês, whatever. Mas está mais do que na hora de vocês saberem o que eu achei da obra.

Twittando o Amor, de Teresa Medeiros, é um livro extremamente curto e muito dinâmico, o que permite que ele seja lido em poucas horas. Essa dinamicidade se dá por existirem, na obra, duas construções diferentes que alternam a narrativa. Em algumas partes, acompanhamos a vida de Abby narrada em terceira pessoa. Em outros momentos, não há narrativa, apenas trocas de mensagens entre Abby e Mark pelo twitter. E é nessa troca de mensagens que realmente se desenvolve a história.

"[...] Ter 'seguidores' a fez sentir-se como a líder de algum culto religioso maluco. Em vez de usar uma foto para ser perfil, Hillary havia deixado um espaço em branco. O que resumia à perfeição o modo como ela se sentia no momento."

Mark e Abby têm um humor que fica nítido logo nas primeiras trocas de mensagens, e cada tweet é recheado de referências cotidianas, sobre séries, atores, músicas, filmes, lugares. Ao mesmo tempo que isso é incrível, por demonstrar que eles estão no mundo, algumas coisas que eu não conhecia se tornaram uma dificuldade. Quando eu não passava direto, sem entender a graça de algumas tiradas durante a leitura, em alguns casos era preciso parar o que estava lendo para procurar sobre algo que comentavam. O problema não estava em parar e pesquisar exatamente, mas em ter que fazer isso com certa frequência.

Se desconsiderada essa barreira, o livro é divertido, com diálogos e sacadas inteligentes e, num determinado momento, é também dramático. A princípio achei meio forçado o drama inserido naquele contexto, e acho até que foi por causa disso que não gostei mais do livro. Desde o início sabemos que Mark esconde um segredo, já que a própria sinopse diz isso, mas achei que seria algo mais surpreendente. Com o desenrolar da trama, porém, fiquei mais conformada, e achei válida a tentativa da autora em mostrar que podemos ser quem quisermos na internet, ainda que não condiga com a realidade.

"MarkBaynard: É exatamente por isso que ainda estão casados. O ódio é uma forma de paixão. É a apatia que mata um relacionamento.
Abby_Donovan: Acha que vai se casar novamente?
Mark Baynard: Não.
Abby_Donovan: Uau... deve ter doído mesmo quando você descobriu que o Meu Querido Pônei não era real, não foi?"
Em síntese, Twittando o Amor é uma leitura fácil, que não tem nada que possa ser citado como marcante e surpreendente, mas que diverte e pode agradar mais aos leitores mais antenados nas referências feitas no livro.

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Conjuntando #46: Agosto em Fotos

Oi galerinha, como vocês estão?

Eu estou novamente na correria, mas iria mentir se dissesse que não gosto dela. rsrs
A faculdade e o trabalho estão a mil, a consequência ruim é que minhas leituras estão bem devagar. Ainda assim, dá para fazer um pouco de tudo.

Vocês sabiam que agora eu publico algumas resenhas no blog Roendo Livros, da Ana, que também é colunista aqui no blog? (Ficou cíclica essa frase?! rsrs) 
Lembro de ter comentado sobre isso nas redes sociais, mas não sei se cheguei a publicar algo aqui. Esta semana resenhei Delírio por lá (logo publicarei a resenha aqui também), se vocês quiserem, confiram.

Mas o papo de hoje são as fotos publicadas no Instagram do blog em Agosto. Teve pouca coisa nesse mês, mas eu gostei de todas:



Agora me contem: do que gostaram mais? Já leram algum desses?

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Os Bons Segredos - Ann Leary

Hildy Good é uma caipira chique que sempre viveu numa histórica comunidade da região da costa norte de Boston. Ela sabe quase tudo sobre todo mundo. Hildy é descendente de uma das bruxas de Salém, e acredita-se que ela possa ter herdado alguns dons paranormais.
Não é verdade, claro; ela apenas é boa em decifrar as pessoas. Hildy é boa em várias coisas, aliás. É uma bem-sucedida corretora de imóveis, mãe e avó. Seus dias são atarefados, mas suas noites têm sido solitárias desde que suas filhas, convencidas de que a mãe estava bebendo além da conta, a mandaram para uma clínica. Agora ela está em recuperação — ou não.
Os Bons Segredos é ao mesmo tempo cômico, triste e mordaz. Um clássico tipo de história que revela os segredos de uma cidade pequena, esse espirituoso romance vai ficar na memória do leitor até muito tempo depois de terminada sua leitura. (Skoob)
LEARY, Ann. Os Bons Segredos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2015. 381 p.

Quando li a sinopse de Os Bons Segredos pela primeira vez, fiquei muito curiosa ao imaginar um ambiente interiorano com uma senhora com tons de bruxaria e apesar de realmente se passar em uma pequena comunidade, os tons de Salem de fato não aparecem como deveriam.

Hildy é uma bem sucedida corretora de imóveis - uma das mais prósperas empresárias da região -, conhece os mais intricados segredos de todo mundo e possui um dor impressionante de decifrar as pessoas. Sendo descendente de umas das bruxas de Salem, correm boatos de sua magia. Entretanto, ela mesma afirma que nada passa de truques e observação herdados de suas parentes.

Por trás de toda boa aparência e sucesso, Hildy enfrenta graves problemas com a bebida, a ponto de ser mandada para centros de reabilitação e grupos do AA pelas filhas. Agora não mais frequentando às reuniões, ela vive sozinha encarando a tentação de beber - especialmente quando se tem uma caixa de vinho no porão.

"Acho que desci apenas uma vez, ou talvez duas vezes, para tornar a encher minha caneca, mas tinha sido só isso [...] Mas o vinho que eu tinha aberto era particularmente delicioso e parecia uma pena não terminar a garrafa".

Sabe aquele ambiente de cidade pequena e vida de todo mundo contada pra todo mundo? É essa a ambientação de Os Bons Segredos. Com uma narrativa simples e fluida, Ann Leary nos conta despretensiosamente a vida dos moradores de Wendover, as casas com potencial de vendas, os romances proibidos e especificamente, os pormenores de Hildy Good. Hoje solitária e aparentemente em recuperação, Hildy tem um bom relacionamento com todo mundo, mas sempre paira aquela sensação de estar sendo observada por sua relação com o álcool.

A narrativa em primeira pessoa por ela nos permite ter essa visão mais claramente. Como o alcoólatra se vê realmente? Eles de fato se consideram assim? Essa visão é bem perceptível na narrativa de Hildy, onde ela sabe que bebe demais, que é perigoso, mas não assume e acredita sempre estar no controle. Percebemos que esse controle não é tão justamente na visão e falatório dos outros.

Eu imaginava um livro voltado mais para a questão da bruxaria, nos boatos da vizinhança, até mesmo porque o subtítulo (É impossível provar que não se é uma bruxa) dá a entender isso. Na verdade o livro todo passa sem grandes acontecimentos, somente narrando o cotidiano de Hildy e alguns segredos obscuros do resto da vizinhança, entretanto, nada realmente emocionante. Mas mesmo com todo esse desenvolvimento lento, a obra ficou bem longe de se tornar de fato maçante. A narrativa fluida não deixa o leitor desapegar da história ou mesmo dar uma "paradinha".

Talvez por conta desse "atraso" no desenvolver do enredo que alguns acontecimentos já do meio para o fim me soaram dispersos e sem nexo, o que acabou por me fazer finalizar a obra com um sentimento confuso e uma sensação de ligeira má construção do começo, meio e fim.

Entretanto, acho importante destacar que apesar de desprovido de real emoção, a obra de Ann Leary é agradável, interessante e fluida. O grande potencial do livro se encontra na narração, clara e fácil. Eu gostei bastante do livro, apesar dos fatores citados.

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Reino do Amanhã - Mark Waid e Alex Ross


Sinopse: Num futuro sombrio, dez anos após o Superman e a maioria dos heróis de sua época abandonarem o combate ao crime, os novos superseres estão prestes a causar a destruição do planeta. O assassinato do Capitão Átomo pelo Parasita causa um desastre nuclear no Kansas que é o prenúncio do apocalipse. O retorno do Superman, junto com uma nova Liga da Justiça, parece ser um sinal de esperança, mas na verdade representa a chegada do juízo final que decidirá se os humanos devem sucumbir aos superseres ou bani-los da face da Terra. A execução cabe ao Espectro, o espírito da Vingança de Deus, mas para isso ele precisa de uma alma humana para decidir em nome dos mortais. E essa pessoa é Norman McCay, uma pastor que passa por uma crise de fé, como toda a humanidade, e herdou as visões do apocalipse de Wesley Dodds, o Sandman da Era de Ouro.. (Skoob)

WAID, Mark e ROSS, Alex. Reino do Amanhã. Panini, 2004. 224 p.

Batman, o Cavaleiro das Trevas e Watchmen foram as duas obras que encerraram a época de ouro dos quadrinhos de super-heróis. Os enredos ingênuos e, às vezes, banais, deram lugar a histórias densas, onde os heróis erravam e onde morriam e matavam.

Nos anos 90, Alex Ross ilustrou várias minisséries para a DC Comics e Marvel. Sua pintura realista dos personagens, rendeu-lhe uma enorme legião de fãs e ajudou a consagrar diversas obras em tamanho gigante, porque só assim era possível admirar adequadamente o trabalho do pintor. Uma dessas obras, que a sua maneira também marcou época, é o Reino do Amanhã, com roteiro de Mark Waid.


O número de mata-humanos cresceu assustadoramente com o passar dos anos. O que era uma exceção, transformou-se em padrão. Com isso, os seres humanos normais começam a ficar acuados pelas constantes batalhas que acontecem em todas as partes.

Tudo piora quando um vilão é assassinado a sangue frio por um herói, e este é absolvido. Superman, por não concordar com a decisão, decide se isolar, e muitos outros fazem o mesmo. O planeta fica entregue a essa nova geração de meta-humanos.


Dez anos após esses eventos, Norman McCay, um pastor em crise com sua fé, é convocado pelo Espectro, o Espírito da Vingança, para testemunhar e decidir o destino da humanidade diante do apocalipse que se aproxima.

A síntese de Reino do Amanhã reside no objetivo e na responsabilidade do uso de poderes. Como proceder para controlar pessoas que, devido ao que conseguem fazer, ficam acima da lei e da moral? Qual o papel que o maior dos heróis, Superman, deve desempenhar para controlar essas pessoas? Mesmo as boas ações, ou as boas intenções, podem resultar em algo benéfico, ou podem desencadear um mal maior do que o inicial? O desespero para manter uma raça fora da extinção pode justificar a extinção da raça opressora? A principal surpresa de Reino do Amanhã reside exatamente no fato de que aqueles que querem nos salvar podem terminar por nos condenar.


Mark Waid conduz toda a história com avisos constantes de que algo terrível irá acontecer. A expectativa e a inevitabilidade de que algo saíra do controle é crescente a cada página, criando um suspense e uma ânsia que impede a interrupção da leitura antes de finalizar toda a leitura.

Somado a isso, tem as pinturas fantásticas de Alex Ross. Todos os personagens possuem traços humanos tão realistas, que fica fácil imaginar como seriam se existissem realmente. E esse realismo não fica limitado às feições, mas também aos uniformes, às poses de combate, às expressões faciais e ao próprio ambiente. Alguns quadrinhos são dignos de se emoldurar e colocar na parede.


Quando chegamos ao último capítulo de Reino do Amanhã e descobrimos os planos que são montados desde a primeira página, como também o papel do pastor no resultado desses eventos, precisamos parar para respirar e elogiar a qualidade de um álbum que, mesmo lido diversas vezes, nunca deixará de surpreender.


No fim do álbum, somos presenteados com alguns desenhos a lápis de Alex Ross, e uma descrição sucinta dos principais personagens da história. :)

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Tag: Meu Marido Literário

Oi lindos!

Domingão de frio aqui no sul, muito frio. E para descontrairmos um pouquinho, trouxe essa Tag Meu Marido Literário, que fui indicada a fazer pela Sofia, do blog Lendo de Tudo, há muito tempo. Achei ela essa semana nos rascunhos do blog e vi que tinha passado da hora de responder. 

Que menina nunca teve suas paixões literárias, não é verdade?



Regrinhas:
- Responder as perguntas
- Indicar 5 ou mais blogueiras
- Citar quem lhe indicou.

1. Que características faz que um personagem entre em sua lista de "Maridos"?
Primeiro de tudo, tem que ser alguém bem resolvido, de atitude, e que sabe o que quer na vida. Não gosto daqueles personagens indecisos ou que ficam enrolando enquanto deixam de tomar decisões. Além disso, tem que ser inteligente e divertido também.

2. O que menos te atrai em um personagem?
Além da indecisão que comentei acima, não gosto de personagens autoritários e daqueles que não sabem valorizar a mulher que têm ao seu lado.

3. Quem é seu atual marido literário?
Meu último marido literário foi Ben, de Desde o Primeiro Instante, fofinho <3 Mas conquistar meu coração não é tão fácil assim, infelizmente. rsrs

Não vou indicar ninguém específico para fazer a Tag, mas quem quiser, fique à vontade!

E vocês, estão in love com qual personagem?

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Desde o Primeiro Instante - Mhairi McFarlane

Sinopse: Rachel acabou de romper um noivado e está decidindo o que vai fazer da vida. Quando ela se encontra casualmente com Ben, um amigo dos tempos da faculdade, seu coração balança. Na época não rolou, mas agora ele parece tão mais interessante...
O problema é que Ben está casado, “fora do mercado”, como se costuma dizer. Ok, hora de partir para outra. Rachel não é nenhuma mocinha ingênua, dessas que se deixam levar pela emoção. O fato de Ben ser lindo, educado, engraçado, nobre e fiel não é suficiente para tirar Rachel do seu eixo. Claro que não.
Na verdade, ele é O Companheiro Perfeito. Pena que seja tão fiel!
Apaixonar-se pelo melhor amigo é o sentimento mais gostoso do mundo, mas também é assustador. (Skoob)
MCFARLANE, Mhairi. Desde o Primeiro Instante. São Paulo: Editora Novo Conceito, 2014. 464 p.

Desde o Primeiro Instante, de Mhairi McFarlane, estava estagnado na minha estante desde que o recebi em parceria com a Editora Novo Conceito. Ele era um dos livros que mais me deixaram curiosa na época do lançamento, mas eu tenho a mania irritante de não ler os que mais quero primeiro - a expectativa me deixa desconfiada. Então ele foi ficando, ficando... E eu acabei nem lembrando mais que ele estava lá. Até que a Ana, do blog Roendo Livros, me convidou para participar do projeto "Está na Estante e Não Leu? Seu Amigo Escolheu!" e selecionou ele para que fosse minha leitura.

O livro é narrado em primeira pessoa por Rachel, e o primeiro capítulo conta o fim de seu relacionamento de longa data com Rhys. Depois de tanto tempo compartilhando a vida com o ex-noivo, Rachel se sente sem rumo, até que descobre que Ben, seu antigo amigo da faculdade, está de volta à cidade e resolve, disfarçadamente, procurá-lo. Mas ela sabe que a amizade deles não será como era antes, já que quando estavam na faculdade eles tinham um mundinho só deles. Agora Ben está casado, e Rachel sabe que o que está começando a sentir por ele não é certo.

Intercalados aos capítulos que contam os acontecimentos presentes, Rachel insere alguns trechos de lembranças da época da faculdade, quando conheceu Ben. É uma construção interessante, porque não entrega nem o que aconteceu naquela época logo no início do livro, nem o que está acontecendo no presente.

"- Pode mandar um abraço meu a Abi, se conversar com ela?
- Claro - Ben diz. - Ela costumava perguntar muito sobre você.
Nós dois paramos quando ele diz 'costumava'. Fico tentando imaginar como ele explicou o fim de nossa amizade. Como ele se lembrava de mim? Se é que pensava...
É o primeiro obstáculo na nossa interação decidir se seremos amigos. Talvez Ben não veja o início de nada aqui, apenas um favor a outro amigo. Um passeio pelo passado, um giro rápido e então o retorno, com o pé firme no acelerador."

O primeiro aspecto positivo que preciso comentar sobre esse livro é: nunca vi uma obra que tratasse de um fim de relacionamento de maneira tão convincente. Rhys e Rachel compartilharam mais de dez anos de suas vidas, e não faria sentido que conseguissem se excluir totalmente um da vida do outro. A autora soube demonstrar bem a dificuldade de Rachel em saber viver sem ele, em uma nova casa, com novas rotinas, os pontos bons e ruins de estar solteira novamente. Ao mesmo tempo, mostrou o quanto a personagem queria poder contar com ele às vezes, aquela pessoa que ela conhece, e que a conhece, tão bem. Fiquei encantada com isso, principalmente porque, pessoalmente, estou em um relacionamento bastante duradouro e acho que, se terminasse, seria dessa forma. Não havia raiva, mágoa, sentimentos ruins, pelo contrário.

O segundo aspecto interessante foi a própria construção do enredo. A autora não conta toda a história dos dois no início do livro, e isso persuade o leitor a acreditar em algo que no fim não se concretiza, o que é surpreendente e muito bom. Vou tentar explicar melhor: desde o começo achei Rachel ingênua demais, e até um pouco manipuladora nessa ingenuidade, mas gostei da personagem e torcia por ela. Com o decorrer da leitura, no entanto, comecei a acreditar que ela tinha feito burradas demais no passado que estragaram tudo, e comecei a criar certa antipatia pela protagonista. No fim, a autora me conseguiu me surpreender, já que o que aconteceu estava bem longe do que eu tinha imaginado.

"[...] Se você não faz nada, nada acontece. A vida envolve decisões. Você as toma ou elas são tomadas por alguém, mas não é possível evitá-las."

O que eu mais gostei na obra, no entanto, foi ela tratar das decisões que precisam ser tomadas na vida, ou das que não são tomadas, e das consequências que cada ato ou omissão traz para nós mesmos. Além disso, o livro trata do que está subentendido, das nossas interpretações errôneas guiadas pelos medos, sem qualquer lógica que as sustentem e sempre, sempre, de como tudo poderia ter sido diferente se tivéssemos agido de modo diferente.

Desde o Primeiro Instante é, em suma, um romance leve, divertido e que se torna uma boa companhia sem dificuldade.

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Resultado: Top Comentarista - Agosto


Depois de elaborar um novo Top Comentarista (vocês viram o de setembro? Está MUITO legal!), ajudar a organizar uma super promoção de Aguardando Fugitivos (que está bombando!) e ainda dar conta do conteúdo normal do blog, eu finalmente consegui parar um pouquinho para conferir quem vai levar prêmios para casa pela participação no Top Comentarista de Agosto.

Foram seis participantes - listados pela ordem de inscrição - que tiveram as respectivas pontuações:

- Mariele Antonello - 87
- Milena Soares - 90
- Thalia Sales - 6
- Ana Lucia - 76
- Isabela Thaísa - 11
- Jéssica Lemes - 2


Pelas regras, aquele que alcançasse maior pontuação, seria o primeiro premiado. E mais uma vez a premiada será a Milena! A Milena está em TODOS os Top Comentaristas do Conjunto da Obra, e é muito difícil não sair com um prêmio. Parabéns Milena, e obrigada pela participação novamente :)

Ainda de acordo com as regras, se a diferença entre o primeiro e o segundo colocado não ultrapassasse 10 pontos, o segundo colocado automaticamente levaria o prêmio. E foi o que aconteceu: Parabéns Mariele, e muito obrigada pela participação!
Peraí! Isso é replay? rsrs
É isso mesmo, as duas meninas que ganharam o Top Comentarista de Julho também foram as felizardas do Top de Agosto.

Obrigada novamente a todos que participaram, e espero que vocês continuem aqui no Conjunto da Obra. Tem bastante coisas bacanas ali na aba de Promoções :)


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Promoção: Aguardando Fugitivos



O livro FUGITIVOS, do autor Carlos Barros, será lançado no dia 25/09 pela editora Giostri. Para divulgar e comemorar a aproximação da data, quando (finalmente!) o livro estará disponível para compra, oito blogs se reuniram para sortear alguns livros para um único felizardo.

Saiba mais sobre o livro:
Sinopse: Caio, um carioca de 15 anos, perdeu os pais em uma tragédia e foi morar com a avó em Belo Horizonte. Traumatizado pelo incidente que vitimou sua família, ele não tem mais desejo de retomar sua vida. Até que conhece Fernanda, uma menina de 15 anos, que protege o irmão Jonas, de 11 anos, do temperamento violento do pai. Ao mesmo tempo, Caio fica amigo de Gabriel, um rapaz de 17 anos, e Bianca, a irmã de 5 anos. Os dois perderam a mãe, por ela ser viciada e ter sofrido uma overdose, e o pai está preso. Ficam sob a tutela da Justiça e do irmão mais velho, de 20 anos, que apoia o pai em planos escusos para melhorarem de vida. 
Em FUGITIVOS, acompanhamos o amor nascer entre Caio e Fernanda, sentimento que será o catalisador de uma briga, que colocará em risco a segurança dos dois, e a força da amizade que surge entre os cinco jovens, de forma tão intensa, que o drama de cada um deixa de ser individual e passa a ser de todos. No momento em que suas histórias se misturam, eles precisam fugir para salvarem suas vidas. Nessa corrida emocionante, que atravessa os estados de Minas Gerais, Bahia, Alagoas e Pernambuco, mais de dois mil quilômetros, iremos descobrir seus sonhos, seus medos, suas tristezas e suas alegrias, tudo envolto por muito suspense, perigo, romance e reviravoltas surpreendentes.
Para conhecer mais da história, personagens, lançamento e outros sorteios, siga as redes sociais do livro:



PRÊMIOS:

- Nova Edição Box Harry Potter (7 livros)
- A voz do Arqueiro
- Bom Dia, Sr. Mandela
- Desvende o meu coração
- O universo de Harry Potter de A a Z
- Você tem sete mensagens
- Tudo que um Geek deve Saber

BLOGS PARTICIPANTES:



REGRAS:

- A promoção estará no ar de 08/09 a 24/09; o resultado será divulgado em até 7 dias.
- A promoção é válida somente para quem tem endereço de entrega no Brasil;
- Os livros serão enviados aos ganhadores em um prazo de 40 dias úteis após o recebimento dos dados do ganhador.
- Cada blog será responsável pelo envio do livro que cedeu, por isso os livros chegarão separadamente, em datas distintas;
- Os blogs participantes da promoção não se responsabilizam por extravio ou atraso na entrega dos Correios. Assim como não se responsabilizam por entrega não efetuada por motivos de endereço incorreto, fornecido pelo próprio ganhador e os livros não serão enviados novamente;
- Todos os livros serão sorteados para um único ganhador.
- O ganhador terá o prazo de 24h para responder ao e-mail que lhes será enviado; Caso não haja retorno no prazo, o sorteio será refeito.
- Para se inscrever basta inserir suas entradas no formulário Rafflecopter abaixo;
- Para se inscrever, é obrigatório seguir o blog Gettub pelo Google Friend Connect e curtir a página do livro Fugitivos no Facebook. Após preencher essa entrada no formulário, várias outras opções estarão disponíveis no formulário.

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A Profecia de Samsara - Letícia Vilela


Sinopse: Quando o príncipe do Clã mágico dos Devas é assassinado, as suspeitas recaem sobre sua própria mestra, Draupadi. O irmão do príncipe, o jovem Arjuna, jura vingar sua morte e persegue a criminosa pelos reinos mágicos da antiga Índia. Draupadi inicia sua fuga ao lado de Asti, uma humana a quem chama de filha, que guarda um segredo em seu corpo desde que nasceu - uma maldição ancestral em forma de tatuagem, da qual procura desesperadamente se libertar. Todos os fatos fazem os destinos de Arjuna e Asti convergirem definitivamente, o que torna inevitável a concretização da temível 'Profecia de Samsara'. (Skoob)

VILELA, Letícia. A Profecia de Samsara. Gutenberg, 2014. 256 p.

Utilizando a mitologia hindu para compor sua história e personagens, Leticia Vilela criou uma saga que é extremamente criativa em seu conteúdo. Devido aos muitos nomes de deuses, dimensões, clãs, criaturas fantásticas formatas por elementos, cidades deslumbrantes, entre outras coisas, a editora completou a obra com guias que ajudam o entendimento e o acompanhamento da aventura.

Temos um mapa que ajuda o leitor a se localizar conforme os personagens viajam, um resumo dos poderes e funções de cada clã, uma sequência da história do mundo e um glossário. Aos poucos, durante a leitura, torna-se desnecessário a consulta desses guias, mas eles são indispensáveis para os primeiros capítulos.


Os personagens principais são o jovem Arjuna, um príncipe que teve seu irmão mais velho assassinado; Draupadi, a mestre do irmão de Arjuna e que é a principal suspeita de seu assassinato; e Asti, uma garota que guarda um segredo e que é criada por Draupadi.

O caminho dos três se cruza quando Draupadi efetua o roubo de um objeto que pode desencadear uma maldição milenar. Arjuna, movido pelo desejo de vingança pela morte do irmão, inicia uma caçada que desencadeia uma rixa entre os clãs. Somado a tudo isso, existe um plano para a libertação de um deus das sombras.

Toda a aventura é narrada de forma fluida e de leitura muito rápida. Cada capítulo é ilustrado por uma pintura feita pela própria autora e que representa o que acontece nas páginas seguintes. A arte, embora em preto e branco, é muito bonita e bem feita.


Nesses desenhos também há o nome dos personagens que serão os protagonistas do capítulo. A aventura é narrada em terceira pessoa e isso possibilita as diferentes visões por trás de toda a história.

As criaturas e a ação é tão fantástica, que por vezes fiquei tentando visualizar como seria um filme com os efeitos especiais necessários para a concretização do que estava lendo. A conclusão é que seria deslumbrante, com mulheres guerreias meio humanas, meio serpentes, criaturas feitas de fogo, portais mágicos que transportam para outras dimensões, máquinas voadoras, deuses tão poderosos que precisam ser contidos em armaduras de chumbo para o poder não destruir o que existe ao redor, cidades com construções gigantescas, e outras que vivem sob uma neblina e dividem seus bairros sobre pequenas ilhas espalhadas pelo oceano, entre muitos outras descrições de incrível criatividade.


A Profecia de Samsara é uma obra nacional ímpar em termos de criatividade e de riqueza de conteúdo. Recomendo sua leitura, sem pressa, atentando para detalhes e se inteirando da mitologia com o que a edição nos oferece. Tenho certeza que será uma aventura inesquecível!

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