Promoção: Aniversário Sir James Matthew



Para comemorar o aniversário do blog Sir James Matthew, 21 blogs se uniram para comemorar e presentear vocês, leitores, com kits super especiais. Serão 4 vencedores, um para cada kit. E para participar é muito fácil, basta seguir as regras de cada formulário e torcer bastante.

Regras
- Deixar um comentário com seu nome e e-mail para contato;
- Seguir as regras do formulário;
- Residir no Brasil;
- Cada blog terá o prazo de 40 dias para o envio do prêmio;
- O ganhador será informado por e-mail e terá um prazo de 3 dias corridos para responder com seus dados, caso contrário, será feito um novo sorteio.
- Não nos responsabilizamos por danos ou extravios durante o transporte/entrega.
- Caso o livro volte por algum erro nos dados passados ou impossibilidade no ato da entrega, não será feito novo envio e o ganhador perderá o direito ao prêmio.

Boa sorte!


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O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares - Ransom Riggs

Sinopse: Tudo está à espera para ser descoberto em O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, um romance inesquecível que mistura ficção e fotografia em uma experiência de leitura emocionante. Nossa história começa com uma horrível tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo, por mais impossível que pareça, ainda podem estar vivas. Uma fantasia arrepiante, ilustrada com assombrosas fotografias de época, O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares vai deliciar adultos, adolescentes e qualquer um que goste de aventuras sombrias. (Skoob)
RIGGS, Ransom O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares. Editora Leya, 2012. 336 p.

O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares poderia receber outro nome: Escola para Jovens Superdotados do professor Xavier, ou seja, a escola dos X-Men. Sim, embora com outro nome, orfanato, a mansão também é uma escola, com uma professora que protege os alunos, crianças com poderes de diversos tipos, um inimigo que quer a destruição deles e um herói rebelde que aparece para salvar o dia. Ah, e também temos as viagens no tempo.

Entretanto, tudo isso não é um problema. Pelo contrário. Apesar de todas as semelhanças, o livro se sustenta graças a diferenças suteis, mas importantes, como o ambiente bem mais próximo de nossa realidade, a idade mais jovem das crianças, e seus comportamentos irresponsáveis e cheios de atos precipitados, além de um romance que, embora frágil no seu começo, aos poucos ganha espaço e credibilidade.


Jacob, aos 16 anos, não sabe o que quer da vida, nem que futuro seguir. Nutre um afeto enorme por seu avô, um contador de histórias fantásticas, sobre monstros e crianças com poderes, que parecem ser verdadeiras, na mesma medida que parecem impossíveis. Com a morte dele, assassinado por uma criatura que ninguém viu, além de Jacob, tudo muda, e o menino decide encontrar o antigo orfanato onde o avô morou até pouco antes da Segunda Guerra Mundial.

O lugar se esconde entre o passado e o presente, porque precisa manter as crianças, que moram nele, a salvo dos etéreos, seres terríveis que se alimentam dos peculiares e que não podem atravessar a ponte que une os dois tempos distintos. Infelizmente, eles têm aliados, etéreos que evoluíram para algo próximo do humano, chamados de acólitos, que viajam pelo mundo, tentando descobrir onde se escondem os orfanatos, e que podem passar pelos portais do tempo.


Com a chegada de Jacob, a rotina no orfanato, comandado pela Srta. Peregrine, muda aos poucos, porque ele traz as recordações de quando o avô convivia com as crianças, que nunca chegaram a envelhecer, devido ao fato de estarem paradas no tempo. Em especial Emma, uma garota que domina o fogo e que era apaixonada pelo avô de Jacob, na época que tinham, fisicamente, a mesma idade.

A escrita de Riggs é gostosa e consegue entreter nos pontos mais parados do livro, não deixando o leitor se entediar, uma vez que, apesar da premissa, ele não tem muita ação, com exceção da sua parte final. Como toda a história de super-heróis, este primeiro livro, de uma trilogia, concentra-se em apresentar os personagens, os inimigos e a arena em que eles se enfrentam, estabelecendo poderes e limites. A promessa de ação fica para a continuação.


Antes de terminar a resenha, vale destacar o detalhe que mais chamou a atenção de quem acompanhava a trajetória do livro: as fotos que estão espalhadas por grande parte de suas páginas. Elas são bizarras, assustadoras, na sua maioria, e, realmente, possuem relação com o que acontece na história. Contudo, em algumas partes, fica óbvio o fato do autor forçar situações e acontecimentos que expliquem os retratos, e não o contrário. Isso não chega a incomodar, nem a estragar nada, mas poderia ter sido aplicado em menor quantidade, ou apenas naquelas que realmente tivessem uma ligação natural com o que acontece com os personagens.


O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares é o início de uma aventura juvenil que promete muitas emoções e surpresas. A fórmula usada já é sucesso nas páginas dos quadrinhos, e isso é um mérito e não um defeito. Tanto que, na última página, o leitor se sentirá quase obrigado a comprar a continuação.

Ah, o livro terá uma adaptação para o cinema, mas, pelo trailer abaixo, quem já leu o livro sabe que terá diferenças grandes e importantes, que podem decepcionar bastante, inclusive na troca, ou na exclusão, de Emma, simplesmente a segunda personagem mais importante da história.

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O Papel de Parede Amarelo - Charlotte Perkins Gilman

Este clássico da literatura feminista foi publicado originalmente em 1892, mas continua atual em suas questões. Escrito pela norte-americana Charlotte Perkins Gilman, ele narra, em primeira pessoa, a história de uma mulher forçada ao confinamento por seu marido e médico, que pretende curá-la de uma depressão nervosa passageira. Proibida de fazer qualquer esforço físico e mental, a protagonista fica obcecada pela estampa do papel de parede do seu quarto e acaba enlouquecendo de vez. Charlotte Perkins Gilman participou ativamente da luta pelos direitos das mulheres em sua época e é a autora do clássico tratado Women and Economics, uma das bíblias no movimento feminista. Esta edição de O papel de parede amarelo, que chega às livrarias pela José Olympio, traz prefácio da filósofa Marcia Tiburi
GILMAN, Charlotte Perkins. O Papel de Parede Amarelo. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 2016. 112 p.  

Apesar de O Papel de Parede Amarelo ser um clássico da literatura feminista, eu não o conhecia. Foi publicado originalmente em 1892, mas o seu conteúdo é tão atual que se tivessem me falado que foi realmente publicado esse ano, eu acreditaria facilmente. O texto é totalmente crítico e é tão coberto de metáforas que precisa ser lido com muita atenção.

A trama gira em torno de um casal que se muda temporariamente para uma casa de campo. John, que é médico, acredita piamente que a tranquilidade do local irá curar a sua mulher que está sofrendo de uma "doença dos nervos". Os dois ficam em um quarto no andar superior da casa que é totalmente coberto por um papel de parede amarelo horrendo, do qual a mulher odeia logo de cara. Apesar de ter pedido para trocar de quarto, seu pedido é totalmente ignorado pelo marido e ela passa a ficar cada vez mais obcecada com o papel de parede.

John não permite que a mulher saia, que ela escreva, faça as coisas que gosta e, para piorar, vive a tratando com um descaso enorme. Já que não pode fazer nada, o que resta é tentar desvendar os segredos e os padrões contidos no papel de parede. A narrativa mostra claramente como a mulher era tratada naquela época: nunca era levada a sério e sempre dependente de um homem; quando não é o marido, é o pai.

É impossível não perceber o sofrimento daquela mulher, sendo totalmente controlada por um homem. O pior é que ela se sente totalmente dividida em relação ao marido, já que, tecnicamente, ele faz tudo para ele, mas ao mesmo tempo não a deixa confortável, não a deixa ser ela mesma. Com o passar do tempo, seu psicológico fica cada vez mais afetado. Apesar de ser um conto curto, não é fácil de ser digerido por causa da situação em que a heroína se encontra.

O livro conta com um texto de apresentação feito por Marcia Tiburi e também um posfácio que praticamente traduz o conto para nós, ou seja, se o leitor tiver alguma dificuldade ou dúvida durante a leitura, não precisa entrar em desespero. É narrado em primeira pessoa, em forma de diário, pela mulher e é um pouco difícil de acreditar nos fatos que ela narra, já que sua obsessão pelo papel de parede fica tão grande que sua sanidade mental desse ser questionada.

O conto em si não é tão aterrorizante quanto dizem, pelo menos não quanto à narrativa. O que dá medo mesmo é a situação desprezível em que a mulher se encontra e a mensagem que ele passa (não assim, de mão beijada, é claro): uma crítica visível sobre a desigualdade de gênero e a opressão vivida pelas mulheres.


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Novidades #136: Ler Editorial

Olá pessoal, tudo bem?

Hoje passo só para contar para vocês uma super promoção da Ler Editorial esta semana. Até o dia 28/05, na compra de 2 livros na loja virtual da Editora, o leitor recebe junto um exemplar de Mia nas Entrelinhas.



Como já dizia Rubem Alves: 'Ah! Como as entrelinhas são importantes. É nelas que estão escritas as coisas que só a alma consegue entender!' E nas entrelinhas destas páginas o leitor encontrará muitas respostas. Em uma leitura leve e despretensiosa, a autora nos faz refletir sobre temas como a vida, os sonhos, a fé e o amor. Entrelinhas é uma obra para ser saboreada em cada detalhe, cada frase, com o coração e a alma da sensibilidade.

Ótima oportunidade para conhecer os livros da Editora, não acham?

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Resultado: Aniversário Conjunto da Obra




Olá pessoal, como vocês estão?

Eu estou muito, MUITO feliz, especialmente hoje: dia 25 de maio, dia do aniversário do Conjunto da Obra, um espaço que tem feito parte da minha vida nos últimos 5 anos. Sei que nem sempre tenho a disponibilidade e a disposição que gostaria para manter o blog atualizado, mas cada vez que eu realizo uma tarefa, sinto como se tivesse saído de uma sessão de terapia, de tão bem que me faz. Eu adoro escrever aqui, adoro compartilhar opiniões sobre literatura, adoro ver o que os outros blogueiros compartilham e adoro receber esse carinho de quem lê.

Essa Promoção de Aniversário foi a minha maior prova de que o blog tem muito a crescer ainda, mas que o que ele já alcançou valeu muito cada pequeno esforço. Agradeço a vocês todos a participação, os comentários, as mensagens que recebi no Facebook. O retorno que tive de vocês nesse último mês - e em toda a história do blog - e o apoio nesse momento tão complicado da minha vida acadêmica me deu mais força para continuar a escrever pelos próximos 5, 10 anos, pelo menos. Vocês nem têm ideia da importância que têm. Obrigada, obrigada, OBRIGADA.

Quero agradecer em especial ao Carlos e à Ana, que se entregaram a esse projeto com tudo, e que têm sido essenciais para a construção do blog. Eu, que tinha um receio danado de selecionar colunistas, hoje não me vejo sem vocês. E também à Sofia, que precisou deixar a equipe, mas que exerceu seu papel com uma dedicação sem igual pelo tempo que pode.

Agradeço ainda aos blogueiros que sempre topam minhas propostas, independente de quão arriscadas e malucas sejam elas, e aos que, de qualquer forma, tenham participado desses cinco anos do blog. O Conjunto da Obra não seria nada sem isso e, por isso, tenho uma dívida com vocês.


E como eu sei que tem muita gente ansiosa pelo resultado da Promoção de Aniversário, nada mais justo que dar esse presente para alguns dos leitores no dia do aniversário do blog, não é mesmo?

Bom, os resultados no formulário abaixo seguem a seguinte ordem:
Lembro que o 1º e o 3º premiados na Promoção foram definidos pela quantidade de entradas, e não por sorteio.

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A 1ª colocada da Promoção foi Andreza Galvão, que totalizou 330 pontos! Na 3ª colocação, houve empate, com 327 pontos cada, entre Larissa Oliveira (1) e Luciane Rodrigues (2), numeradas pela ordem alfabética. O sorteio entre as duas foi realizado pelo random.org, e a ganhadora foi Larissa Oliveira, conforme print abaixo:


Parabéns a todos que ganharam, entrarei em contato em breve para envio dos dados. Não esqueçam que, após o recebimento do email, deve ser respondido em 48 horas.

Obrigada a todos pela participação! Se não ganhou, não fique triste, tem mais promoções com inscrições abertas no blog, quem sabe seja a sua chance ;)


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Turma da Mônica: Lições - Lu e Vitor Cafaggi

Sinopse: Mônica, Cebolinha, Magali e cascão cometem um erro grave na escola. Agora terão que encarar as consequências. E elas não serão poucas! Depois do sucesso de Laços, os irmãos Vitor e Lu Cafaggi retornam aos clássicos personagens de Mauricio de Sousa em Lições, mostrando o real valor da palavra amizade nesta turma. (Skoob)
CAFAGGI, Lu e Vitor Turma da Mônica: Lições. Editora Panini, 2015. 82 p.

O segundo trabalho dos irmãos Cafaggi à frente da Turma da Mônica é muito mais intimista e profundo do que o primeiro. Ele me surpreendeu nos traços, mais artísticos e bonitos, nas cores, menos saturadas e dispersas, nas formas dos personagens, mais detalhadas e expressivas, e, principalmente, no teor da mensagem moral que é entregue.

Na verdade, posso afirmar que toda a história me deixou depressivo. Não porque ela seja triste, mas porque ela demonstra, de forma muito clara, três coisas: como é doloroso amadurecer; como os pais, na sua gigantesca maioria, não tem a menor ideia do que os filhos pensam e passam; e como os filhos não tem abertura, ou incentivo, para expressarem seus problemas, seus desejos, seus medos, seus sentimentos perante os adultos.


Por terem esquecido de fazer o dever de casa, Cebolinha convence Cascão, Mônica e Magalí a matarem aula. Na fuga do colégio, ao pular o muro, Mônica cai e quebra o braço. A consequência disso é a suspensão por uma semana e o castigo de ficarem separados de segunda a sexta-feira. Os pais de Mônica vão um pouco mais além e a transferem de colégio. Ela só poderá ver os amigos nos sábados e domingos.

A partir de então, são impostas, aos quatro, mudanças de hábitos: Cebolinha terá que frequentar uma fonoaudióloga; Cascão terá que aprender a nadar, ou seja, entrar na água; Magalí terá que aprender a se comportar à mesa e a controlar suas refeições; e Mônica terá que se adaptar a novos colegas, que não conhecem sua fama de durona.


Turma da Mônica: Lições é uma obra ambiciosa pela complexidade do enredo. Ela não se contém apenas em apertar nosso coração, mas ela também extrapola todas as barreiras impostas aos quatro amigos, que, de certa forma, são o que definem cada uma de suas personalidades. Além de enfrentarem a solidão que sentem por estarem separados, eles terão que aprender a controlar e superar suas próprias limitações, seus defeitos físicos e de comportamento.

Isso é crescer, é amadurecer. E é doloroso. Ainda mais quando os pais dos quatro não têm a menor sensibilidade do que eles estão enfrentando. Os pais de Cascão não oferecem apoio ao medo que o garoto tem da água; os de Cebolinha não reparam em como ele apanha do Tonhão no colégio, uma vez que não tem mais a proteção da Mônica; os de Magalí não controlam o apetite da menina e a matriculam em um curso de etiqueta, onde a professora a ridiculariza na frente das outras alunas; e os da Mônica não tem a menor ideia de como a filha é forte e de como ela se sente abandonada no meio de um ambiente estranho e hostil, que é o novo colégio.


Esta edição é, emocionalmente, muito forte. E cada quadrinho, cada composição de cena, cada posicionamento dos personagens é feito de forma a expressar toda a angústia e dificuldade que os quatro amigos enfrentam. Como nas partes que eles brincam separados por paredes, através de janelas, escondidos, de noite, à distância, uma vez que não podem ficar juntos. É triste, mas é lindo como a amizade deles persiste e é mais forte do que qualquer imposição dos adultos.

E no fim da história, quando os quatro estão prestes a vencer todas as suas barreiras, os autores paralisam a cena, deixando para o leitor imaginar como é essa passagem da inocência para algo mais maduro, algo menos belo.


Mas nada nos prepara para o último quadrinho, quando já estamos convencidos de que eles aceitaram a nova fase, somos presenteados com um único quadrinho, um único balão com três pequenas palavras, uma única expressão no rosto da Mônica, que nos mostra como eles continuam sendo a mesma turminha.


É difícil não chorar e rir ao mesmo tempo.

Ah, só uma pequena reclamação: pela pequena introdução feita por Maurício de Souza no início da edição, acho que ele entendeu o mesmo que os pais dos quatro meninos, ou seja, nada.

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Pasta Senza Vino - Eduardo Krause

Sinopse: Na Florença dos anos 60, o jovem Antonello Bianchi é um italiano indolente, machista e metido a conquistador. Sua única ocupação é atrair clientes para o restaurante em que trabalha (ou para si, quando for una bella donna). Essa vida de aventuras amorosas sofre uma virada quando ele conhece uma turista carioca, que o leva a atravessar o oceano para compreender o próprio coração. Em tom leve e envolvente, Eduardo Krause apresenta um romance com sabor e graça, os ingredientes da boa literatura. (Skoob)
KRAUSE, Eduardo. Pasta Senza Vino. Porto Alegre: Terceiro Selo, 2014.

Admito que nunca havia ouvido falar sobre Pasta Senza Vino ou sobre o autor Eduardo Krause antes do contato da Oasys Cultural para resenha do livro. Não por isso deixaria passar a oportunidade de conhecer mais um autor nacional que tinha em seu livro uma ótima proposta de enredo e, muito embora tenha demorado um pouco a iniciar a leitura por conta da necessidade de me organizar neste período do ano, encontrei nas suas páginas uma escrita envolvente e uma história deliciosa.

Pasta Senza Vino narra, em primeira pessoa, a vida de Antonello, um italiano de Firenze assumidamente marpione, palavra italiana que designa os homens "especialistas em cortejar mulheres em qualquer lugar, a qualquer hora". Até mesmo seu emprego é usado como um meio para isso, e o italiano só muda após conhecer uma brasileira que mexe profundamente com ele.

A escrita de Eduardo Krause mistura, na narrativa em português, termos italianos, o que dá maior credibilidade à trama, pois o contato com a língua pátria de Antonello auxilia na caracterização do próprio personagem. Essa composição até é um pouco complicada para quem não está habituada à língua, como é o meu caso, mas nada que atrapalhe a leitura, especialmente porque, depois de imerso na história, essa diferenciação da linguagem deixa de se destacar, dando espaço devido ao romance, tão somente.
 
"- Pasta senza vino è come un bacio senza amore.
'Massa sem vinho é como um beijo sem amor'"

Particularmente, Antonello está longe de ser um personagem para com o qual guardo algum tipo de admiração ou respeito. Ele representa muito do que eu desprezo em uma pessoa: falta de compromisso, infidelidade, malandragem. É automático imaginar que, se não houve identificação com o protagonista, o envolvimento com o romance estaria comprometido. Para minha surpresa, neste caso, não foi isso o que aconteceu. Apesar de não gostar de Antonello e discordar das atitudes dele, eu torcia, mesmo assim, para que as coisas dessem certo, principalmente porque a história de Pasta Senza Vino foi além de um romance entre homem e mulher.

A paixão, aliás, foi o que menos me envolveu na leitura, mas eu adorei acompanhar as peripécias de Toni com Nicola, conhecer a história do velho Gennaro, ver o resgate da relação entre familiares, e sofrer com as trapalhadas com o chefe Duccio e o colega Giuseppe.

"- Toni, olhe para mim.
Em um reflexo, obedeço. Então ela me beija. Enquanto sinto sua língua na minha, coloco uma mão em sua cintura e outra em sua nuca, envolvendo seus cabelos entre meus dedos. Aline tem um perfume frutado. Duas frutas misturadas. Mas não sei dizer quais são.
- Calma, Toni... precisamos de ar.
- Mais que isso: precisamos de vinho. Aceita?
- Vino sempre!"

Se, por um lado, Aline, la donna que mudou Antonello, pouco importava para mim, Karolina realmente fez a diferença na trama. Quando percebi, era por ela que eu torcia, era com ela que eu queria que o final feliz chegasse. Nesse ponto, fui surpreendida novamente, já que Eduardo Krause conduziu o enredo a descobertas inesperadas e a uma reviravolta entre Antonello e Aline que modificou todo o resto, sem deixar o marpione perder sua principal característica em momento algum.

Pasta Senza Vino me conquistou com uma trama inovadora e tradicional ao mesmo tempo, que por suas tantas características inesperadas me surpreendeu positivamente, arrancou alguns sorrisos e, mesmo com um protagonista que está longe de estar entre meus favoritos, conseguiu um lugar cativo entre os livros nacionais que  me encantaram.

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Promoção: Open House Cantar em Verso

Olá, leitores.

O blog Cantar em Verso está de casa nova e por isso resolveu fazer uma promoção para reunir alguns blogs amigos para presentear seus leitores. Claro que o Conjunto da Obra não poderia ficar de fora!
Antes de garantir a sua participação, conheça o novo blog, que está com layout novo e que terá algumas novidades em breve.

PRÊMIO
Box de trilogia Jogos Vorazes


BLOGS PARTICIPANTES


REGRAS

    • O prêmio será entregue pelo blog Cantar em Verso em um prazo de 60 dias à partir da data de divulgação do resultado;
    • O participante deve morar ou ter endereço de entrega no Brasil;
    • O blog não se responsabiliza por danos, roubos, extravios dos Correios;
    • As opções do formulário referentes ao Facebook os participantes são obrigados a curtir a página e não apenas visita-las;
    • É importante curtir e seguir os links indicados em modo público, caso contrário não temos como conferir se o(a) ganhador(a) cumpriu com a regra;
    • A promoção ficara ativa do dia 20 de Maio ao dia 20 de Junho;
    • O vencedor devera responder o e-mail com os dados solicitados em um prazo de até 48 horas, caso contrário um novo sorteio será feito.
      FORMULÁRIO

      Boa sorte!

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      Novidades #135: Lançamentos Intrínseca Maio

      Oi pessoal, o assunto de hoje são os lançamentos da Editora Intrínseca em maio. Como não poderia deixar de ser, tem livros para todos os gostos.

      Tem Matthew Quick, novas capas dos livros da Jojo Moyes, Rick Riordan e mais. Vamos conferir?
       

      Destinos e Fúrias, de Lauren Groff - Toda história tem dois lados. Todo relacionamento tem duas perspectivas. E às vezes a chave para um grande casamento não está em suas verdades, mas em seus segredos.
       Aos 22 anos, Lotto e Mathilde são jovens, perdidamente apaixonados e destinados ao sucesso. Eles se conhecem nos últimos meses da faculdade e antes da formatura já estão casados. Seguem-se anos difíceis, mas românticos. Uma década depois, o caminho tornou-se mais sólido. Ele é um dramaturgo famoso e ela se dedica integralmente ao sucesso do marido. A vida dos dois é invejada como a verdadeira definição de parceria bem-sucedida.
      Porém, nem tudo é o que parece, e em um casamento essa máxima se faz ainda mais verdadeira. Se em "Destinos" somos seduzidos pela imagem do casal perfeito, em "Fúrias" a tempestuosa raiva de Mathilde se revela fervendo sob a superfície. Em uma reviravolta complexa e emocional, o que começou como uma ode a uma união extraordinária se torna muito mais.

      Porcelain, de Mobi - De um dos músicos mais icônicos e fascinantes de nosso tempo, o relato terno, divertido e angustiante de uma trajetória que vai da pobreza e da alienação ao improvável sucesso mundial.
      Havia diversas razões para Moby jamais deslanchar como DJ e músico na cena club nova-iorquina. Aquela era a Nova York das boates Palladium, Mars, Limelight e Twilo, a cidade do hedonismo desenfreado regado a drogas, e lá estava Richard Melville Hall, descendente distante do autor de Moby Dick, um garoto branco, pobre e magrelo de Connecticut, cristão devoto, vegano e totalmente careta.
      Moby testemunhou em Nova York um submundo cultural atrevido e festivo. Ele encontrou seu espaço e alcançou o sucesso, que logo se mostrou efêmero e cheio de complicações. No desfecho da década de 1990, frente a um fim iminente, acabou criando o álbum que viria a ser o início de uma nova fase espetacular: Play, que vendeu milhões de cópias no mundo todo.

      Os afetos, de Rodrigo Hasbún - Uma peculiar família de desbravadores, os Ertl decidem se exilar na Bolívia depois da derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. O desejo por aventura de Hans, o patriarca que fora cinegrafista da cineasta alemã Leni Riefenstahl, o leva a arrastar esposa e filhas em expedições em busca da cidade inca de Paitití, escondida na Selva Amazônica. Essa ânsia pelo desconhecido, com toda a sua imprecisão e loucura, contagiará as meninas de diferentes formas, mas será Monika, a mais velha e audaciosa das três, a única a herdar o caráter inconformista do pai, porém com um objetivo muito mais temerário. Com elementos biográficos, históricos e ficcionais e narrado por diferentes personagens, Os afetos compreende um período de cinquenta anos da vida dos integrantes da família Ertl. Na polifonia da qual participam pai, mãe, filhas, mas também amantes e maridos, Rodrigo Hasbún reconta, à margem do idealismo, a convulsão política que abalou a América Latina na década de 1960, explorando as dificuldades que surgem ao se tentar conciliar as consequências das próprias decisões, tanto políticas quanto sentimentais.
      Um romance intenso e cheio de beleza, Os afetos evidencia como é possível estar ao mesmo tempo perto e distante daqueles a quem somos ligados pelo sobrenome e pelas memórias compartilhadas - e também como essas memórias nem sempre são um terreno seguro.

      Garoto 21, de Matthew Quick - Repetir um movimento várias e várias vezes ajuda a clarear a mente - uma lição que Finley aprendeu muito cedo, nas quadras de basquete. Numa cidade comandada pela violência do tráfico e da máfia irlandesa, vestir a camisa 21 e dar o sangue em quadra é sua válvula de escape. Vinte e um também é o número da camisa de Russ, um gênio do basquete. Ou pelo menos era. Recém-chegado à cidade de Bellmont depois de ter a vida virada de cabeça para baixo por uma tragédia, a última coisa que ele quer é pegar de novo numa bola.
      Russ está confuso, parece negar o que lhe aconteceu e agora se autointitula um alienígena de passagem pela Terra. Finley recebe a missão de ajudá-lo a se recuperar e, para isso, precisará convencê-lo a voltar a jogar, mesmo sob o risco de perder seu lugar como estrela do time.  Contra todas as probabilidades, Russ e Finley se tornam amigos e, por mais estranho que pareça, a presença de Russ poderá transformar a vida de Finley completamente. Uma emocionante história sobre esperança, amizade e redenção, com a prosa sensível e inteligente de Matthew Quick.

      As Provações de Apolo, de Rick Riordan - Como você pune um deus imortal? Transformando-o em humano, claro! Depois de despertar a fúria de Zeus por causa da guerra com Gaia, Apolo é expulso do Olimpo e vai parar na Terra, mais precisamente em uma caçamba de lixo em um beco sujo de Nova York. Fraco e desorientado, ele agora é Lester Papadopoulos, um adolescente mortal com cabelo encaracolado, espinhas e sem abdome tanquinho. Sem seus poderes, a divindade de quatro mil anos terá que descobrir como sobreviver no mundo moderno e o que fazer para cair novamente nas graças de Zeus.
      O problema é que isso não vai ser tão fácil. Apolo tem inimigos para todos os gostos: deuses, monstros e até mortais. Com a ajuda de Meg McCaffrey, uma semideusa sem-teto e maltrapilha, e Percy Jackson, ele chega ao Acampamento Meio-Sangue em busca de ajuda, mas acaba se deparando com ainda mais problemas. Vários semideuses estão desaparecidos e o Oráculo de Delfos, a fonte de profecias, está na mais completa escuridão.

      NOVAS CAPAS


      Para conferir outros lançamentos da Editora Intrínseca, basta clicar na imagem abaixo:

       http://www.intrinseca.com.br/blog/2016/05/lancamentos-de-maio-2/

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      Conjuntando #58: Abril em Fotos

      Oi pessoal, como vocês estão?

      Aproveitando a Promoção de Aniversário do blog? As inscrições vão até domingo, e a Gincana está muito legal.

      E as novidades por aí? Aqui a correria está imensa, peguei férias do trabalho para fazer meu trabalho de conclusão, mas estou trabalhando mais do que no meu expediente normal. É cansativo, mas gratificante.

      Enquanto isso, aproveito para mostrar para vocês algumas das fotos que apareceram no Instagram do blog no mês de abril. Se quiser saber um pouquinho do que aconteceu, aparece por lá e segue a gente. Ah, e temos Snapchat agora também! Ainda não consegui postar nada, mas assim que eu respirar um pouquinho pretendo mostrar algumas coisas legais para vocês.


       

       E vocês, o que podem me contar de bom? Gostaram das fotos?


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      ZumBeatles - Alan Goldsher

      Sinopse: A verdadeira invasão britânica chegou. Eles estão mais mortos-vivos do que nunca. Nessa divertida releitura da trajetória da mais famosa banda inglesa, acompanhamos os principais acontecimentos na vida desses mitos do século XX... porém com um pequeno detalhe: os músicos são zumbis. Não os lentos e imbecilizados zumbis aos quais estamos acostumados. Mas zumbis espertos, rápidos e cheios de sex appeal. Além de alguns truques de controle mental. Entre sangue, suor, guitarras e iê-iê-iê — e a perseguição do implacável caçador de zumbis Mick Jagger —, eles são atacados por uma ninja do oitavo nível, Yoko Ono, condecorados pela rainha e consolidam uma invasão mundial. (Skoob)
      GOLDSHER, Alan. ZumBeatles. Editora Galera, 2016. 352 p.

      Sou fã dos Beatles, sou fã de histórias com zumbis, sejam elas bem feitas ou trash, então, nada mais natural do que sentir uma imensa curiosidade por ler esse livro. Mas também fiquei com receio, porque uma mistura dessas pode resultar em algo bem, bem ruim.

      John Lennon foi assassinado em 8 de dezembro de 1980, mas, neste livro, nesse mesmo dia, ele foi decapitado usando uma foice de prata. Sua cabeça foi colocada no lugar, um pouco torta, e ele se transformou em um zumbi. Para não ficar sozinho, começa a infectar todas as pessoas que encontra, inclusive os outros três integrantes da banca.

      Um diferencial, é que os zumbis deste livro são um pouco diferentes dos que conhecemos. Eles pensam, são inteligentes, alguns possuem poderes de bruxaria, são muito fortes e rápidos. São chamados de liverpudianos, e o autor descreve, com detalhes, como começa a transformação. Pra quem gosta de coisas nojentas e gore, é um prato cheio!

      "Nós todos sabíamos o que acontecia quando John realmente perdia a cabeça: farra de assassinatos no almoço, arrancar a própria perna esquerda e atirá-la pela janela do hotel, comer todos os pombos em que pudesse botas as mãos, esse tipo de coisa."

      A partir de então, através de depoimentos e recortes de jornais, acompanhamos a trajetória dos quatro magníficos de Liverpool, sempre com muito humor negro, mortes, membros arrancados, cérebros comidos, destruição, entre outras descrições horrendas, típicas de filmes de terror. Inclusive, o livro traz a participação de vários famosos, como Steven Spielberg, Rainha Elizabeth, Mick Jagger, dos Rolling Stones, como um caçador de zumbis, e temos depoimentos do diabo e de Deus o.O!!!

      Até metade do livro, confesso que ri bastante e senti prazer na leitura. Mas, depois de 200 páginas, a coisa começou a ficar cansativa. Não pela falta de ação, porque sempre está acontecendo alguma coisa diferente, mas, sim, pelo formato da narrativa, através das tais entrevistas. Acredito que se a história fosse contada da forma tradicional, a leitura teria fluído muito melhor.

      ZumBeatles é uma aposta diferente por parte do autor, que funciona até certo ponto, mas que é direcionada para dois tipos de públicos, que nem sempre se misturam. Mesmo assim, é uma leitura que agrada, desde que você suporte o formato da narrativa. De qualquer forma, não tem como não rir de algumas piadas e situações, o que já vale, pelo menos, uma leitura descompromissada.

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      Gincana de Aniversário #3: Prova Arqueiro


      Oi pessoal, hoje é dia da última prova da nossa Gincana de Aniversário. Acho que vou repetir essa experiência mais vezes, porque eu adorei preparar as brincadeiras e amei o retorno de vocês! Espero que vocês gostem desta brincadeira também.

      PRÊMIO - ARQUEIRO


      REGRAS GERAIS

      - A Gincana será composta de três provas: uma da Editora Intrínseca, uma da Editora Ler Editorial e uma da Editora Arqueiro. Uma prova será lançada a cada domingo, nos dias 01/05, 08/05 e 15/05, no blog Conjunto da Obra.
      - Cada prova é independente e o participante pode realizar apenas uma delas, se assim preferir. 
      - Os prêmios cedidos pelas editoras parceiras serão sorteados exclusivamente entre aqueles participantes que cumprirem a prova da Editora que cedeu cada livro. Para concorrer, por exemplo, aos prêmios cedidos pela Editora Intrínseca, é preciso realizar a prova da respectiva editora na Gincana.
      - Ao realizar a prova de uma das editoras, o participante deverá preencher a entrada do Rafflecopter que informa sua conclusão, para concorrer ao prêmio da prova respectiva. 
      - Os vencedores dos kits cedidos pelas editoras serão sorteados entre todos os que participaram da prova da Editora à qual os prêmios se referem. Haverá, portanto, um vencedor para cada prova.

      REGRAS DA PROVA ARQUEIRO

      - A Prova Arqueiro será composta por um jogo de caça-palavras. Todas as palavras a serem buscadas têm relação com os títulos de livros ou nome de séries publicadas pela Editora Arqueiro. As respostas podem conter mais de uma palavra.
      - Pouco mais abaixo nesta mesma postagem, os títulos dos livros a serem buscados no caça-palavras são ilustrados por suas respectivas capas. Os títulos das séries que constam na brincadeira também estão identificados pela capa de um dos livros da série respectiva. No caso de títulos de livro que possuem artigos no título, destaco que estes estarão presentes no caça-palavras. Ex.: o título "O Manuscrito" será encontrado com o "O" inicial.
      - Em seguida, temos um quadro de caça palavras, que possui letras para identificar as colunas e números para designar as linhas. Quando uma determinada palavra for encontrada, deve-se anotar a linha e a coluna em que o início e o fim da palavra podem ser localizados. Como exemplo, a palavra SOL, hachurada no quadro, tem sua localização identificada da seguinte forma: início em O12, fim em O14.
      - Após descobrir a localização de todas as 15 palavras que compõem a brincadeira, o participante deverá preencher o formulário que segue ao final da postagem, indicando a localização da palavra específica de acordo com o pedido no formulário. Isto é, deve-se indicar a posição inicial e final da palavra citando a numeração linha x coluna. Ex.: no campo destinado à palavra "SOL", poder-se-ia responder "O12 O14", ou "Início em O12, fim em O14", "De O12 a O14", etc. A forma não importa, o que importa é a respectiva localização no quadro.
      - A prova pode ser realizada até o último dia para inscrições na Promoção (22 de maio).
      - Não esqueçam de preencher, ao completar a prova, a entrada do Rafflecopter da Promoção que informa ter realizado a prova. É por lá que o sorteio do prêmio será feito!

      TÍTULOS DE LIVROS

       
       

      TÍTULOS DE SÉRIES


      CAÇA-PALAVRAS


      FORMULÁRIO DE RESPOSTAS




      Boa sorte a todos!

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