Sinopse: Trinta anos se passaram desde que Greta deixou de morar no solar Marchmont, uma bela e majestosa residência na região rural do País de Gales. A convite de seu velho amigo David, ela decide retornar ao lugar para comemorar o Natal. Porém, devido a um acidente de carro, Greta não tem mais lembranças da época em que vivia na propriedade, assim como de boa parte de seu passado. Durante uma caminhada pela paisagem invernal de Marchmont, ela encontra uma sepultura no bosque, e a inscrição na lápide coberta de neve se torna a fagulha que a ajudará a recuperar a memória. Contudo, relembrar o passado também significa reviver segredos dolorosos e muito bem guardados, como o motivo para Greta ter fugido do solar, quem ela era antes do acidente e o que aconteceu com sua filha, Cheska, uma jovem de beleza angelical... mas que esconde um lado sombrio. (Skoob)
Livro recebido em parceria com a Editora
Riley, Lucinda. A Árvore dos Anjos.
Editora Arqueiro, 2017. 496p.
Completamente arrebatada! É assim que
me sinto após terminar a leitura de A Árvore dos Anjos. Um livro grande, mas
que pode ser devorado em apenas um piscar de olhos. Nenhum personagem é vazio
ou sem sentido para a história, todos estão ali para acrescentar algo essencial
a todos os acontecimentos que permeiam as lembranças de uma mulher, Greta,
sobre as três gerações da sua família.
Greta e David podem ser considerados os personagens principais, já que é com a ajuda desse velho amigo que ela consegue aos poucos reconstruir o seu passado esquecido após um acidente de carro terrível ocorrido 24 anos atrás. O ponto central, onde todas as histórias convergem, é o solar Marchmont. A maior parte da história se passa em uma noite de Natal, com David e Greta narrando ao leitor o que se passou desde sua juventude, quando ainda trabalhavam no mesmo estabelecimento, até os momentos cruciais ocorridos muitos anos após as memórias de Greta se perderem no tempo e no espaço.
Mas existia também um sentimento que ela não conseguia explicar a ninguém. Todas as outras pessoas do mundo sabiam quem eram, carregavam suas histórias consigo, aonde quer que fossem, ao passo que ela era apenas uma casa vazia, fantasiada de ser humano.
O mais incrível é que logo no primeiro capítulo somos apresentados a um grupo de pessoas que vão passar a noite de Natal juntas no solar Marchmont, inclusive os atuais donos do solar. Quando mergulhamos nas lembranças de Greta percebemos logo de cara o quanto cada um ali tem um peso importante na vida dela e podem nos dar grandes pistas do que esperar pela frente.
Greta, Cheska e Ava são três mulheres fortes, mas com um destino um tanto quanto implacável e cruel. Não vou me esquecer dessas três personagens por um bom tempo, pois elas foram muito bem construídas como eu não via há bastante tempo. David é o tipo de amigo que é praticamente um anjo. Ele foi o grande ponto de equilíbrio de toda a história, o refúgio e a força de que todos precisaram em algum momento.
É tão bom quando o autor consegue fazer toda a história se encaixar com perfeição quando contada em pedaços. Esse é o tipo de livro que faz com que o leitor passe por todos os tipos e emoções possíveis, então estejam muito bem preparados para experimentar todo tipo de sentimentos.
Eu poderia continuar falando sobre A Árvore dos Anjos por muito mais tempo, mas tenho medo de acabar contando algum spoiler e isso poderia tirar todo o encanto do livro. Se eu pudesse fazer uma recomendação fortíssima, seria a de que ninguém perdesse mais tempo e fosse ler essa história maravilhosa o mais rápido possível.